sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Haddad diz agora que 2 mil sites de apostas sairão do ar

 A mais recente lista divulgada pela pasta mostra que 93 empresas com 205 casas de apostas receberam aval para atuar no Brasil



O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que 2 mil sites de apostas, conhecidos como bets, vão sair do ar nos próximos dias por não terem obtido autorização para realizar operações no País. A mais recente lista divulgada pela pasta mostra que 93 empresas com 205 casas de apostas receberam aval para atuar no Brasil.

No início da semana, Haddad - que nesta quinta-feira, 3, participou de reunião ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros ministros para tratar da regulamentação das bets, diante da escalada de preocupação com o impacto social e econômico dos jogos de apostas online - chegou a estimar inicialmente "entre 500 e 600" o número de empresas que seriam tiradas do ar. A declaração do ministro foi gravada pela assessoria do Palácio do Planalto e divulgada à imprensa.

"Nos próximos dias, 2 mil sites vão sair do ar, vão sair do espaço virtual brasileiro, vão se tornar inacessíveis ao cidadão que está no território nacional. Não importa se ele é brasileiro, ele não terá acesso no território nacional a cerca de 2 mil endereços eletrônicos", afirmou o ministro.

O ministro acrescentou que, até o momento, já foram editadas dez portarias para regulamentar as operações das bets. "São portarias que falam de questões técnicas, sobre o que é o jogo justo, certificação, questões financeiras, a utilização obrigatória do sistema financeiro, proibição de cartão de crédito, entre outros", explicou. As portarias também tratam do acompanhamento de usuários, "CPF por CPF", disse.

Haddad reiterou que os jogos de apostas são um "desafio novo" do mundo virtual e que têm sido tratados pelo governo com as melhores técnicas, em meio às críticas de que o Executivo teria demorado a agir no caso. Ele disse ainda que é preciso ouvir os demais ministérios, como Desenvolvimento Social e Saúde, para concluir o processo de regulamentação.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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