Candidatos à prefeitura de Porto Alegre foram questionados pela Amrigs durante debate do segundo turno sobre os problemas da área
As diferenças entre os planos de governo também ficaram explícitas nas propostas para os desafios na saúde. Durante debate promovido pelo Correio do Povo, Rádio Guaíba e Amrigs, com o apoio do Simers, os candidatos à prefeitura de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB) e Maria do Rosário (PT), foram questionados pela Associação.
As perguntas giraram sobre três eixos: como aliar saúde ambiental com políticas de saúde pública; suas propostas para o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas; e as ações para acabar com as filas para consultas e cirurgias na Capital.
Para Rosário, por exemplo, as formas de integrar a saúde ambiental com a pública passam pela criação de corredores verdes – a fim de proporcionar conforto térmico da cidade –; a melhora no saneamento básico e a integração da cidade com o Guaíba. Enquanto Melo afirmou que irá despoluir o ar através da transição energética das frotas de ônibus e promover a limpeza dos arroios.
Quando a pauta foi o Hospital Presidente Vargas, o objetivo de Melo é a construção de um novo hospital através de uma PPP (Parceria Público Privada); Rosário quer dar continuidade a estrutura atual, mas ampliando o leitos.
O prefeito explicou que a gestão privada ficaria encarregada da estrutura física, mas os atendimentos continuariam “100% SUS”. “Nosso compromisso é um novo hospital, mais qualificado, mais moderno e em um novo local com mais espaço”, afirmou.
Já a proposta de Rosário é deixar uma nova estrutura de maternidade para o Hospital da Restinga, fechado desde dezembro de 2023. A candidata garantiu que o projeto já está com os recursos garantidos no PAC do governo federal. Agora, para o HPV, o objetivo é ampliar os leitos pediátricos e de UTI. “Quero valorizar o (Hospital) Presidente Vargas, ampliá-lo, mas manter a estrutura que tem”, explicou.
Longas filas
Para o imbróglio das longas filas na saúde, ambos os candidatos pretendem buscar apoio do governo federal, mas de diferentes formas. Enquanto Melo cobra a União pela revisão da tabela do SUS, afirmando que “não tem como os municípios bancarem a tabela”.
Rosário afirma que conversou com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, e que ela garantiu que há espaço para aumentar os recursos que são enviados para Capital, contanto que “haja um plano de ação para saúde de Porto Alegre”.
As outras propostas defendidas por Melo incluem ampliar a prática da telemedicina e os mutirões de atendimento, a fim de reduzir as filas. Já Rosário propõe a articulação da atenção especializada com a atenção básica.
Correio do Povo
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