Começa obra de recuperação de dois quilômetros da orla de Ipanema, em Porto Alegre

 Calçadão será revitalizado, ampliado e receberá novo muro, mais alto, para barrar cheias do rio Guaíba

Pedras atuais já estão sendo removidas para a colocação de concreto mais resistente | Foto: Camila Cunha

Iniciou, nesta quinta-feira, a obra de recuperação de dois quilômetros da orla da praia de Ipanema, na zona Sul de Porto Alegre, no qual serão investidos cerca de R$ 10 milhões, em uma contrapartida da empresa Multiplan. Haverá a substituição do piso do calçadão do atual basalto para concreto e, na área do começo da avenida Guaíba, o muro de cerca de 50 centímetros receberá um acréscimo de 45 centímetros, a fim de barrar a entrada de água do Guaíba durante e após chuvas fortes. Ainda está prevista uma ampliação do calçadão. O prazo para obras será de oito meses.

“Estamos no esforço de recuperar os equipamentos, especialmente aqueles que são muito emblemáticos da cidade”, salientou o chefe do Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática de Porto Alegre, Germano Bremm, também secretário Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus). “Em vez de recebermos os recursos no caixa do município, os transformamos em obras”, acrescentou ele, durante vistoria no local na manhã da quinta, com engenheiros e arquitetos da empresa contratada para a obra.

Nos próximos dias, salientou ele, devem ainda ser anunciadas melhorias na orla do Lami, e, na sequência, os trechos 3 e 1 da orla do Guaíba, este último administrado pela GAM3 Parks, após um contrato de concessão. “Naturalmente, nossa prioridade foi recuperar escolas e unidades básicas de saúde, e agora estamos evoluindo também nestes projetos e equipamentos que atendem toda a cidade”, comentou Bremm.

O coordenador do eixo de Infraestrutura do Escritório de Reconstrução e diretor de Áreas Verdes da Smamus, Alex Souza e o arquiteto da secretaria, Andrey Vargas, disseram também que o novo muro servirá também para evitar que a água desloque a areia abaixo do piso do calçadão, já que o atual apresenta fragilidades. “Não estamos reconstruindo a mesma estrutura, mas a qualificando de maneira mais adequada”, afirmou Vargas.

As atuais pedras, depois de retiradas, sejam armazenadas em depósitos da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), a fim de serem utilizadas em outros serviços. O Largo do Tio Luizão, que nomeia o canteiro central da avenida, será recuperado, com a colocação de bancos e a reforma do mobiliário já existente. Na área de lazer próxima aos arcos do calçadão, serão reformadas as churrasqueiras e mesas, o muro será refeito e o banheiro será trocado por uma estrutura mais alta. O projeto prevê também que sejam criadas novas áreas verdes, com a manutenção das árvores no calçadão e reestruturação dos espaços com mata ciliar existente.

Correio do Povo