Cidade decretou situação de emergência devido à destruição causada pelas chuvas e uma das maiores elevações do Rio Jaguarão em anos
Rio Jaguarão, na fronteira com o Uruguai, teve nesta semana uma das maiores cheias de sua históriaJaguarão, na fronteira com o Uruguai, é mais uma das cidades localizadas na Região Sul do Estado a enfrentar problemas. O município viveu uma semana de transtornos devido às intensas chuvas, granizo e a cheia histórica do Rio Jaguarão, que resultaram na retirada de famílias ribeirinhas e na destruição de milhares de residências.
De acordo com a Defesa Civil, mais de 12 mil pessoas foram impactadas. A cidade decretou situação de emergência, em especial devido à queda de granizo e à elevação do nível do rio, que quase atingiu o nível de 5 metros.
Segundo o diretor da Defesa Civil de Jaguarão, Júlio César Padilha, os problemas começaram na madrugada de segunda-feira (16), quando uma forte tempestade de granizo atingiu a cidade. “Foram mais de 3 mil casas afetadas, totalizando mais de 12 mil pessoas. O granizo danificou telhados em diversos bairros, tanto na área urbana quanto rural, e forçou a distribuição de lonas para os moradores, com apoio da Defesa Civil estadual", explicou.
A situação se agravou na terça-feira (17), quando a chuva se intensificou, causando uma elevação drástica no nível do Rio Jaguarão. Na madrugada de quarta-feira (18), o rio atingiu 4,98 metros, superando a cota de inundação de 4,30 metros. “O Rio Jaguarão chegou à maior elevação dos últimos anos, só perdendo para a enchente de maio. O nível normal do rio é de 1,70 metro, então esse aumento foi muito grande", afirmou Padilha.
Famílias ribeirinhas, principalmente pescadores que vivem na beira do rio, precisaram ser retiradas de suas casas preventivamente. "Quando a gente recebe o alerta da elevada do rio, precisamos fazer o alerta imediato para as famílias ribeirinhas, oferecendo a retirada. Foi o que fizemos. Felizmente, ele parou de subir e não resultou em uma situação pior", acrescenta.
Apesar de o rio ter recuado para 4,60 metros até o final da tarde de quarta-feira, a situação ainda preocupa as autoridades locais. Equipes da Defesa Civil continuam trabalhando para prestar assistência às famílias.
Durante a semana, o apoio foi prestado com a distribuição de lonas e cestas básicas, além de monitoramento do nível do rio. “Estamos em um trabalho intenso de resposta, com mais de 10 equipes na rua. O apoio da comunidade foi fundamental, assim como das forças policiais e voluntários", ressaltou Padilha.
Além disso, a Defesa Civil está mobilizada para atender eventuais transtornos, caso se confirme a chuva da próxima semana. "Existe a previsão de chuvas intensas a partir da próxima segunda-feira, então nós estamos mobilizados para fazer o que tiver que ser feito, caso seja necessário", conclui.
Correio do Povo
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