Resultado negativo é um recorde e foi em parte influenciado pelos prejuízos causados pelas enchentes. Balancete deve ser enviado aos conselheiros nos próximos dias
Nos primeiros sete meses deste ano, o Inter registrou um déficit de R$ 144,3 milhões. O número, um recorde histórico negativo, está no balancete que será enviado aos conselheiros nos próximos dias e evidencia o tamanho dos problemas financeiros do clube, agravados pelas enchentes de maio. Entre janeiro e julho, as receitas do clube foram de R$ 218,4 milhões, contra R$ 362,6 milhões em despesas.
Na última sexta-feira, o presidente Alessandro Barcellos reuniu alguns jornalistas no CT Parque Gigante para falar sobre as contas do clube. Ele mencionou o impacto das enchentes e calculou os prejuízos causados pelas cheias em cerca de R$ 90 milhões. Para chegar a esse número, os dirigentes somaram os valores dos danos à infraestrutura do Beira-Rio e do CT Parque Gigante (R$ 19 milhões), além das receitas frustradas com associados (R$ 30 milhões), a premiação não alcançada pelo avanço na Copa do Brasil (R$ 33 milhões) e os custos extras com logística (R$ 7 milhões).
No entanto, esse valor (R$ 90 milhões) leva em consideração uma série de projeções de receitas até o final do ano. Ou seja, apenas uma parte menor do déficit de R$ 144,3 milhões pode ser atribuída às enchentes. Prova disso é que, até abril (antes das enchentes, que ocorreram em maio), o clube já acumulava um déficit de R$ 98,6 milhões.
Durante o encontro com os jornalistas, Barcellos também afirmou que, no segundo semestre, as despesas deverão ter um decréscimo, e as receitas, uma elevação, algo que ocorre normalmente todos os anos. Ele ainda salientou que há contratos (como o de patrocínio da camiseta) que serão renegociados. Mesmo assim, os R$ 144,3 milhões de déficit acumulado entre janeiro e julho são motivo de grande preocupação.
O balancete dos primeiros sete meses de 2024 será tema da próxima reunião do Conselho Deliberativo, agendada para a próxima segunda-feira.
Correio do Povo
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