sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Fumaça das queimadas pode prejudicar a pele; saiba como se proteger

 Exposição à poluição pode piorar acne e melasma, além de contribuir para o envelhecimento precoce



O céu ficou cinza no Rio Grande do Sul e no restante do Brasil nos últimos dias. O motivo é a concentração de monóxido de carbono (CO) na atmosfera, causada pelas queimadas na Amazônia, Pantanal e Sudeste do país.

Em Porto Alegre, a fumaça começou a ser vista na última segunda-feira (9) e desde então tem preocupado a população que busca informações sobre como se proteger do ar poluente.

Especialistas já sugerem o uso de máscaras de proteção, ingestão expressiva de água e resguardo da presença por muito tempo em lugares abertos. A seca prolongada e a ausência de chuvas agravam a situação que causa danos à saúde física, psicológica e, também, dermatológica.

Segundo a biomédica Franciele Giongo, mestre em Farmacologia e Terapêutica, a poluição do ar pode piorar o quadro de diversas doenças de pele comuns.

“Um ar mais permeado de poluentes leva a maior produção de radicais livres – substâncias que, quando em contato com a pele, irão gerar estresse oxidativo e aumento de inflamação. Acne, melasma, dermatite atópica e psoríase já se mostraram, inclusive, influenciadas negativamente pela poluição”, explica a especialista.

Em última análise, o aumento de estresse oxidativo irá fazer com que haja maior degradação de colágeno, uma proteína essencial para estrutura e tônus da pele, levando a um envelhecimento precoce.

De acordo com a especialista, o mesmo estresse oxidativo ainda pode atuar na pigmentação, acentuando manchas e aumentando a inflamação basal, o que pode propiciar aumento de acne ou crises de dermatite.

“A longo prazo, a exposição ao ar poluído se mostrou envolvida até mesmo no aumento de câncer de pele. A principal via pela qual a poluição do ar contamina a nossa pele é pelo contato direto, se acumulando na superfície e nos folículos pilosos”, esclarece Franciele.

Ela explica que respirar ar poluído também contribui para uma piora da pele, mas em menor escala do que o contato direto. Conforme a especialista, a prevenção e cuidados pós-exposição à fumaça são simples:

🧼 Limpeza

A biomédica sugere a preferência por sabonetes líquidos e específicos para o seu tipo de pele. “Aqui é importante ressaltar que sabonete para o rosto é diferente de sabonete corporal. Substâncias como glicerina, esqualano, ácido hialurônico e pantenol servem para qualquer tipo de pele”, indica.

🌞 Proteção

“É um cuidado cotidiano, mas que também servirá como agente contra poluição”, ressalta Franciele. Com o passar do dia, o filtro solar começa a sair do rosto e isso cria “buracos” na proteção, o que torna a reaplicação fundamental. Como dica, aposte em protetores solares em pó ou bastão, que são práticos e não estragam a maquiagem.

🧴 Hidratação

Peles oleosas irão necessitar de limpeza suave, mas se beneficiam de ativos como ácido salicílico. Já peles secas funcionam com sabonetes hidratantes. “Vitamina C ou resveratrol, bem como uma dieta rica em antioxidantes e com bastante hidratação, também são bem-vindos”, explica a especialista.

✔️ Prevenção

O uso de cremes antioxidantes é fundamental, já que eles “caçam” os radicais livres gerados pelo sol e pela poluição. “Podemos usar também vitamina E. Ela hidrata e fortalece a pele, além de ter se mostrado benéfica para problemas de pele como acne, rosácea e dermatite atópica.”

Correio do Povo

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