Correio do Povo entrevistou os quatro postulantes ao Paço Municipal de partidos sem representação no Congresso Nacional
Em série de entrevistas, o Correio do Povo apresentou os quatro candidatos à prefeitura de Porto Alegre de partidos sem representantes no Congresso Nacional. Popularmente chamados de nanicos, eles buscam marcar posições políticas participando do pleito. Apesar de serem pouco conhecidos pelo eleitorado da Capital, todos já foram candidatos em, ao menos, uma oportunidade.
Carlos Alan (PRTB), repetidamente, fala que a sua experiência como gestor de empresas do ramo de tecnologia é o que o coloca em uma posição para comandar o Executivo municipal. Se espelha, também, em Pablo Marçal, candidato do mesmo partido à prefeitura de São Paulo. Quer construir um metrô na cidade. No PCO, o candidato Cesar Pontes diz não se iludir com a candidatura, mas tem a missão de espalhar as análises de Rui Costa Pimenta, presidente nacional do partido, de que um governo comunista é a solução para Porto Alegre. Ele defende a liberdade de expressão irrestrita e o armamento à população.
A candidata do PSTU, Fabiana Sanguiné, auxiliar de enfermagem, já foi candidata ao Senado e defende um IPTU progressivo, ou seja, quem tem mais patrimônio, paga mais, e vice-versa. Ela cita os grandes empresários da Capital como “donos da cidade”. Ainda na esquerda, Luciano Schafer representa a UP, um partido que nasceu oficialmente em 2019, além do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). Nascido e criado no bairro Sarandi, na zona Norte, tem como principal pauta a questão da moradia.
Nesta campanha eleitoral, os quatro foram ouvidos, durante meia hora de entrevista, na sede do Correio do Povo, no Centro de Porto Alegre, para apresentarem quem são, o que fazem e o que pensam.
Conheça cada um deles.
Carlos Alan (PRTB)
Carlos Alan, 43 anos, já foi candidato a deputado estadual em 2022. Atualmente, é presidente do PRTB no Rio Grande do Sul e sua esposa comanda o partido em Porto Alegre. Há mais de 10 anos, trabalha no setor de tecnologia da informação e está ligado a maçonaria. Ele quer se conhecido como o candidato que construiu o metrô na Capital, tem propostas relacionadas ao empreendedorismo e se diz um fã das escolas cívico-militares.
Cesar Pontes (PCO)
Cesar Pontes, 67 anos, já foi candidato ao governo do Estado e a deputado federal. Ambas, indeferidas, em 2022. Historiador de formação, ingressou na política na época do Mensalão e, identificado com as ideias de Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, entrou no partido posteriormente. Sua prioridade é “fazer com que a população governe” e é favorável a “liberdade de expressão irrestrita”, incluindo o armamento da população e o fim da Polícia Militar. Ele propõe que isso seja colocado em prática como uma “experiência”.
Fabiana Sanguiné (PSTU)
Fabiana Sanguiné, 46 anos, é profissional da saúde desde os 18 anos, atuando como auxiliar de enfermagem no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas. Em 2022, se candidatou ao Senado. Para ela, a candidatura é uma forma de apresentar um projeto para a classe trabalhadora, trazendo propostas que atendam este grupo. É defensora de um IPTU progressivo, ou seja, que quem tem mais patrimônio, pague uma parcela maior.
Luciano Schafer (UP)
Luciano Schafer, 44 anos, já se candidatou a vereador nas últimas eleições municipais, mas não foi eleito. Ele representa a UP, um partido oficialmente criado em 2019, além do MLB, Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas. Inclusive, se apresenta na urna como Luciano do MLB. Nascido no Sarandi, tem como pauta prioritária a moradia e diz que “tem muitos prédios, da própria prefeitura, que estão abandonados”. “Se não for agora, vai ser ali na frente”, diz, sobre eleger alguém do partido.
Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário