Na pista central, cães fizeram simulação do trabalho no campo; na pista do gado leiteiro, border collies e cães de outras raças realizaram percurso de agility
Na pista principal da Expointer 2024, treinadores de border collie fizeram demonstração de pastoreio de cães da raça com ovelhasCentenas de pessoas se reuniram nas pistas central e de julgamento de gado leiteiro na manhã deste sábado na Expointer 2024. Entretanto, quem estava chamando a atenção não eram os animais expostos na feira. Eram cães border collies que apresentavam técnicas de pastoreio e demonstração de manobras para o público. Na pista central, eram 12 animais da raça que faziam simulação do trabalho de campo com ovelhas.
Segundo o presidente da Associação Border Collie Mercosul (ABCM), Anderson Pacheco, a raça é ideal para este tipo de trabalho, tendo passado por uma adaptação genética no pastoreio. “O border collie é a melhor tecnologia inventada para manejo de rebanhos dentro da propriedade. Ele economiza tempo e tem uma maior eficiência no manejo e no bem-estar. Ele não late e não precisa morder o rebanho para pastorear. Ele consegue trabalhar sobre a pressão do olhar e do movimento”, relatou.
O grupo trouxe para a Expointer os 12 melhores cães da associação para simular esta técnica do manejo de rebanhos. Ainda conforme Pacheco, os animais da raça conseguem atuar tanto com ovelhas como com bovinos e até búfalos, e a técnica de treinamento dura em média de 6 a 8 meses. “Viemos para mostrar a capacidade que esse cão tem de movimentar rebanho para outro pasto ou até apartar um animal que esteja enfermo. O border collie tem perfeita adaptação para esse tipo de atividade”, completou.
Demonstração de cães adestrados
Já na pista de gado leiteiro, sete border collies, um cão de crista chinês, um beagle e um vira-lata, todos adestrados ou em processo de adestramento, chamavam a atenção do público. Há mais de 30 anos, a ação é promovida pela Dog’s School, de Canoas. O proprietário da escola, Ivan Brizola, é um dos introdutores da modalidade “agility”, praticada pelos cães na demonstração, no Rio Grande do Sul.
“É como se fosse um hipismo para os cães. A gente veio aqui mostrar um pouco a diversidade desse esporte. Qualquer cão de tamanho e raça pode fazer essa atividade. E é bom também para trabalhar a disciplina e a física. A gente deve lembrar que, nos últimos anos, os cães estão sujeitos a espaços menores. Então a atividade pode ajudar nessa carência motriz e de musculatura deles”, destacou.
Durante a apresentação, Brizola destaca ainda a necessidade da paciência por parte dos tutores durante o processo de adestramento. “É algo que leva tempo, envolve trabalho e muita dedicação. É necessário promover uma comunicação efetiva com o cão, respeitando sua capacidade, e estabelecer uma relação de parceria e confiança”, finalizou.
Correio do Povo
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