Tempo de estudo necessário para alunos brasileiros é de 13 anos (dos 4 aos 17), enquanto a média entre os 38 integrantes da OCDE é de 11 anos
O Brasil tem escolaridade obrigatória mais longa que a média dos 38 países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O dado é um dos indicadores do relatório Education at a Glance (EaG) 2024, divulgado nesta semana (10/9) pela OCDE. O estudo internacional revela vários resultados que permitem a comparação dos sistemas educacionais dos países e das regiões participantes.
Apesar de assegurar mais tempo de estudo, o Brasil precisa avançar em algumas questões, como incluir crianças e adolescentes que estão fora das salas de aula; e melhor atender a Educação Infantil. No Brasil todas as crianças e jovens, de 4 a 17 anos, devem estar matriculados na escola, totalizando 13 anos de estudos obrigatórios. Esse tempo escolar supera o de países da OCDE, cuja média de ensino obrigatório é de 11 anos.
Relativo à Educação Infantil, o Brasil tem 90% das crianças de 5 anos de idade matriculadas na Pré-Escola. Na OCDE, a média é de 96% das crianças com essa idade nas escolas. De competência municipal, a Educação Infantil recebe destaque no Brasil principalmente em ano eleitoral local, já que as matrículas e a qualidade dessa etapa de ensino devem ser garantidas pelos gestores municipais.
Sobre investimento público em Educação, o EaG mostra que, entre 2015 e 2021, no Brasil, houve queda anual – em média de 2,5%. E no mesmo período, os países da OCDE aumentaram, em média, 2,1% por ano, o custeio público em Educação.
Ao inverso da queda no investimento do ensino brasileiro, a Educação Infantil teve mais recursos. A verba pública nessa etapa, em relação ao Produto Interno Bruto (soma das riquezas produzidas no país), aumentou 29%, entre 2015 e 2021. O avanço foi maior que a média da OCDE, que, no mesmo período, apresentou um crescimento de 9%. “A Educação Infantil tem recebido muita atenção nos últimos anos, devido à sua importância, especialmente para crianças de famílias desfavorecidas”, assinala o relatório.
Correio do Povo
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