Segunda edição de concurso contempla 180 amostras de seis estados brasileiros
Evento na Serra Gaúcha examinará vinhos produzidos com uvas como Bordô, Isabel e NiágaraTem início nesta quarta-feira, 14, o 2º Concurso Brasileiro de Vinhos de Mesa, com a avaliação de 180 amostras de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco. Os vinhos serão degustados às cegas (quando o jurado não sabe o que está provando), observando critérios e procedimentos reconhecidos internacionalmente. O concurso, realizado no Laboratório de Análise Sensorial da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, contempla vinhos derivados de uvas Bordô, Isabel e Niágara, entre outras geralmente encontradas em armazéns, feiras e supermercados, com alto teor de açúcar, perfeitas para consumo “in natura” e bastante utilizadas na produção de sucos.
De acordo com o presidente do Instituto de Gestão, Planejamento e Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Consevitis-RS), Luciano Rebellatto, o vinho de mesa é mais do que um produto, sendo parte da identidade cultural e econômica do Brasil. “O vinho de mesa representa a maior parte do consumo no país. Ele carrega consigo a tradição de gerações de vitivinicultores que, com dedicação e paixão, trabalham para levar qualidade à mesa dos brasileiros”.
O chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, Adeliano Cargnin, complementa que o concurso é uma excelente ferramenta para avaliar e formalizar a qualidade crescente dos vinhos de mesa brasileiros. “A Embrapa acredita e valoriza esse segmento de produtos e vem trabalhando ao longo dos anos no desenvolvimento de cultivares de uva, e também no repasse de orientações aos produtores para a melhoria dos vinhos elaborados. E com certeza os resultados poderão ser conferidos neste concurso”, destaca.
Auxílio ao consumidor
Criadora do concurso, Zoraida Lobato afirma que o objetivo é auxiliar o consumidor no processo de compra da bebida. “O consumidor terá a certeza que os vinhos com o selo do concurso foram julgados e reconhecidos merecedores por uma comissão de enólogos e especialistas. É uma forma de valorizar o nosso consumidor”, diz Zoraida Lobato. Presidente do concurso, o jornalista Eduardo Viotti, destaca que todo o procedimento de apuração é feito de maneira independente e aberto aos jurados para eventual acompanhamento e verificação posterior de resultados. A ficha de degustação adotada segue padrões internacionais, contemplando a análise visual, olfativa e gustativa do vinho. Todo degustador deve preencher não apenas os espaços de avaliação, mas prover uma sucinta análise por escrito de cada vinho degustado. Todo produto inscrito recebe a nota final que obteve na prova, mesmo que não tenha sido premiado.
A exemplo de regras globalmente aceitas, apenas um terço dos vinhos inscritos recebe medalhas e diplomas. Os demais não têm sua identidade revelada. A premiação é feita em três categorias, pela ordem de pontuação: Grande Medalha de Ouro, Medalha de Ouro e Medalha de Prata. Os resultados serão divulgados no dia 22 de agosto.
Além do Consevitis-RS e da Embrapa Uva e Vinho, o evento tem o apoio da Associação Gaúcha de Vinicultores, Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul, Sindivinho-RS, SP-Vinho, Sindusvinho São Roque, entre outras entidades.
Correio do Povo
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