Presidente da Farsul pede que o governo “passe a borracha” na dívida de agricultores atingidos pelas enchentes

 Gedeão Pereira foi um dos palestrantes do painel do agronegócio no Fórum da Reconstrução do Rio Grande do Sul na 47ª Expointer

A situação do agronegócio gaúcho foi o tema do quarto painel do 1º Fórum da Reconstrução do Rio Grande do Sul, promovido pela Rádio Guaíba e que integra a programação da 47ª edição da Expointer, que acontece nesta terça-feira no auditório da Federação da Agricultura do RS (Farsul). Durante o evento, que tem parceria com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e com a Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal), o setor foi representado por lideranças das entidades que estão à frente do agronegócio no Estado.

Durante o painel, o primeiro a falar foi o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, que destacou o fato de toda a cadeia produtiva do Estado estar representada no painel e disse que é preciso analisar o cenário do Estado de forma distinta, pois as regiões do RS foram atingidas de diferentes formas pelas questões climáticas.

Ao falar das regiões mais afetadas pelas enchentes, Pereira, afirmou que é necessário olhar, principalmente, para os pequenos produtores que não terão condições de arcar com os endividamentos adquiridos para custear as safras dos anos em que precisaram enfrentar a seca e, agora, perderam tudo pelas inundações. “Muitos produtores ficaram com as propriedades destruídas. Por isso, é necessário passar a borracha na dívida deles”, afirma.

Para o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Eduardo Condorelli, a tragédia ambiental pode ser divida em uma sequência de grandes calamidades além das enchentes, como os deslizamentos. Ele disse, ainda, que os problemas causados ao solo de algumas propriedades são graves e precisam receber a devida atenção. “A realidade do solo é semelhante ao efeito econômico e de desastre, na sua realidade socioeconômica, de quem sofreu a perda da sua casa. Porque é dessa base que sai a produção agropecuária de cada um e que vem o recurso para reconstruir a propriedade”, conclui.

Também participaram do painel, o secretário da Agricultura do RS, Clair Kuhn; o Superintendência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no RS, José Cleber Dias de Souza; do presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos; do presidente da Ocergs, Darci Hartamann; do presidente da Cotribá, Celso Krug; e do presidente da Cotricampo, Gelson Bridi.

Correio do Povo