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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Paciente morre nos EUA após contrair raro vírus da encefalite equina do leste

 Caso ocorre em meio à crescente preocupação das autoridades na com o aumento da doença devido às mudanças climáticas

Uma pessoa no estado de New Hampshire, no nordeste dos Estados Unidos, morreu após contrair o raro vírus da Encefalite Equina do Leste, que é transmitido por mosquitos, anunciaram nesta terça-feira (27) as autoridades sanitárias.

O paciente, identificado apenas como um adulto da cidade de Hampstead, foi hospitalizado por uma doença grave do sistema nervoso central e sucumbiu posteriormente à condição, afirmou o Departamento de Saúde e Serviços Humanos de New Hampshire (DHHS) em um comunicado. “A última notificação de casos de infecção humana por este vírus em New Hampshire foi em 2014, quando o DHHS identificou três contágios, incluindo duas mortes”, acrescentou a dependência.

Este novo caso ocorre em meio à crescente preocupação das autoridades na região da Nova Inglaterra com o aumento do risco de Encefalite Equina Leste (EEL) devido às mudanças climáticas. No início deste mês, as autoridades de Massachusetts anunciaram o primeiro caso humano de EEL do ano no estado, em um homem de cerca de 80 anos. Pediram ao público que respeitasse os toques de recolher voluntários ao ar livre, fecharam parques públicos e iniciaram a fumigação aérea e terrestre para controlar a população de mosquitos, seu principal vetor.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDCs), os sintomas da EEL incluem febre, dor de cabeça, vômitos, diarreia, convulsões, mudanças de comportamento e sonolência.

O vírus que causa a doença também pode provocar graves distúrbios neurológicos, como inflamação do cérebro e das membranas que rodeiam a medula espinhal, o que é conhecido como encefalite e meningite. Aproximadamente 30% dos infectados morrem e muitos dos sobreviventes sofrem sequelas físicas ou mentais permanentes.

Crianças menores de 15 anos e pessoas com mais de 50 anos correm maior risco, segundo as autoridades de saúde. Por enquanto, não há vacinas nem tratamentos disponíveis. Um relatório da organização Climate Central de 2023 destacou que o número de "dias de mosquitos” - condições quentes e úmidas ideais para a atividade desses insetos - aumentou em grande parte dos Estados Unidos nas últimas quatro décadas devido às mudanças climáticas provocadas pelo homem.


AFP e Correio do Povo

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