sábado, 17 de agosto de 2024

Lula inaugura novo centro de oncologia e hematologia do Grupo Hospitalar Conceição

 Novo espaço tem 14,3 mil metros quadrados e capacidade para atender os mais de 2 mil pacientes que são tratados no hospital


Para um público de profissionais da saúde, trabalhadores do GHC, apoiadores e autoridades, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou, em clima de festa, o novo centro de oncologia e hematologia do Grupo Hospitalar Conceição.

Com um investimento de R$ 144 milhões do governo federal, o novo espaço tem 14,3 mil metros quadrados e capacidade para atender os mais de 2 mil pacientes que são tratados no hospital. Com a abertura do novo centro, será possível que os pacientes realizem a radioterapia no local, sem precisar de transferência para outros locais.

Também foi anunciado a assinatura de uma portaria destinando R$ 308 milhões de reais para a reconstrução de 50 unidades básicas de saúde e a reforma de outras UBS em regiões que foram atingidas pelas enchentes. Deste valor, R$ 250 milhões já estão em fase final de aprovação. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, as demandas foram acertadas com os municípios e o governo do Estado.

“Eu tenho noção da importância disso porque eu tive câncer. Eu fiz quimioterapia, eu fiz radioterapia e eu tenho noção da importância dessa máquina que vocês compraram”, discursou o presidente, foi recebido pelos presentes ao coro de “Lula, eu te amo” e “Lula, lá”. Antes da cerimônia, Lula fez um tour pelo novo centro, acompanhado de ministros e lideranças.

Em um discurso de 25 minutos, o presidente – assim como os que o antecederam – enalteceu o SUS e o hospital Conceição. Emocionado, Lula relembrou quando perdeu sua primeira esposa e filho, após ela dar a luz, em um hospital público. Há época, ainda um metalúrgico, Lula acredita que sua família foi tratada com descaso em função das sua condição financeira.

Por isso, reforçou a importância de se manter um sistema de qualidade e que trate a todos com excelência. "O Estado tem que dar igualdade de tratamento a todos os seu filhos, não tem sentido uma pessoa pobre, do SUS, entrar pelo porão e uma pessoa rica entrar pelo elevador. E, se tratando de saúde, não podemos usar a palavra gasto. É investimento”, afirmou. O presidente também aproveitou para enaltecer a figura a ministra da saúde – que também foi aplaudida de pé pelos profissionais da saúde presentes.

No evento também foi autorizado a abertura do processo de contratação de duas obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC): o Centro de Apoio ao Diagnóstico e Terapia e o Centro de Atendimento ao Paciente Crítico e Cirúrgico.

Enquanto aguardavam pela solenidade, um vídeo institucional do GHC apresentando o novo centro e exaltando o Sistema Único de Saúde (SUS) foi exibido e aplaudido de pé pela plateia, composta em sua grande maioria por trabalhadores do hospital. O hospital foi estratégico durante as enchentes que assolaram o Estado em maio, e, mais de uma vez, citado enquanto referência pela ministra da Saúde, Nísia Trindade. Vinculado integralmente à União, a indicação da direção do GHC, hoje comandando por Gilberto Barichello, é feita pelo governo federal.

Sem embates entre Leite e Lula

O contrário do que foi visto na primeira agenda pública do petista em Porto Alegre, durante evento na Lomba do Pinheiro, quando Lula e o governador Eduardo Leite trocaram farpas, o clima não esquentou no pátio do GHC. Ainda que Barichello, o primeiro a falar, tenha iniciado seu discurso com indiretas: “não adianta dizer que o governo federal não está fazendo porque contra atos e fatos não há retórica”.

Em uma breve e tímida fala – precedida de vaias – Leite se concentrou em enaltecer os trabalhadores da saúde, o SUS e o GHC. Mostrou preocupação com estatísticas que indicam o crescimento dos casos de câncer no país e no Estado e finalizou agradecendo à ministra Nísia e ao investimento feito, o qual classificou como “parte de algo ainda maior”. Em entrevista à rádio Gaúcha, nesta quinta-feira, Lula acusou o governador de não agradecer e reconhecer os feitos do governo federal.

Lula, por sua vez, também não instigou demais desavenças, mas afirmou: “não é que você precisa de agradecimento, mas você precisa não esquecer quem é que fez o que nesse país”.


Correio do Povo

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