Mesmo com alto investimento feito para o setor ofensivo da equipe, a média de gols é inferior a um gol por partida
Valencia é a maior esperança do de gols do ataque do InterQuando pensou na formação do atual elenco, a diretoria do Inter concentrou boa parte dos investimentos no setor ofensivo. Manteve Enner Valencia e juntou a ele Rafael Borré e Lucas Alario, dois jogadores que fizeram sucesso no River Plate e tiveram experiência na Europa. Porém, o ataque não funciona. Nem com Eduardo Coudet, que deixou o clube há três semanas, nem com Roger Machado, que assumiu com a missão de recuperar o time no Campeonato Brasileiro.
Após 16 rodadas na competição, o Inter tem apenas 14 gols. Ou seja, média de menos de um por partida. Não por acaso, os colorados ostentam o pior ataque entre todos os 20 participantes do Brasileirão, o que prejudica qualquer possibilidade de ascensão na tabela. Em compensação, o colorado tem também a defesa menos vazada da competição com 14 gols sofridos.
Roger Machado conseguiu esboçar uma melhora no rendimento da equipe, mas a falta de gols ainda impede a conquista das vitórias. O Inter não vence há 11 partidas consecutivas, quatro das quais estão na conta do novo técnico.
“Buscamos encontrar uma forma de jogar que nos mantivesse competitivo e organizado. Encontramos um modelo. Agora é resgatar esse terreno em função dos jogos que temos a menos. Os pontos precisam ser conquistados. Vamos brigar para nos colocar na parte de cima. Temos condição e fôlego mesmo com todos os problemas que estamos enfrentando”, afirmou Roger, após o empate por 1 a 1 com o Palmeiras, no domingo passado no Beira-Rio.
A culpa pelo rendimento ruim do ataque e dos tropeços do time não temporada, no entanto, não é responsabilidade apenas do trio de estrangeiros. Borré, por exemplo, não atuou no Campeonato Gaúcho. Valencia, por sua vez, teve uma lesão antes do Gre-Nal do Gauchão e acabou não tendo uma recuperação adequada. Ele forçou a volta para atuar contra o Juventude e teve o problema agravado. Alario também teve problemas físicos ao longo de todo o ano.
Resumindo, o trio jogou pouco e quando jogou, não foi junto, principalmente Borré e Valencia. Os dois só estiveram em campo ao mesmo tempo em cinco partidas. Após a partida contra o Palmeiras, a torcida, inclusive, vaiou Valencia no apito final, o que motivou um pedido de trégua por parte de Roger: “Os jogadores precisam de carinho para sair desse momento”, disse o treinador na última entrevista.
Contra o Athletico-PR, Valencia deve começar entre os titulares. Borré, por sua vez, está fora. Além de ter recebido o terceiro cartão amarelo, ele também acabou o último jogo com um problema muscular.
Correio do Povo
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