segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Embaixada orienta brasileiros a saírem do Líbano após aumento das tensões no Oriente Médio

 Já os brasileiros que não puderem deixar o Líbano devem evitar permanecer no sul do país e não participar de protestos

Já os brasileiros que não puderem deixar o Líbano devem evitar permanecer no sul do país e não participar de protestos 

A Embaixada do Brasil no Líbano publicou um comunicado com recomendações para que os brasileiros que estejam no país saiam de lá devido à escalada da tensão geopolítica no Oriente Médio.

Nos últimos dias, aumentou o temor das consequências de eventuais retaliações aos ataques de Israel que resultaram no assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e de um comandante do alto escalão do Hezbollah, Fuad Shukr.

Na última terça-feira, 30, Israel promoveu um ataque aéreo em Beirute, capital do Líbano. O alvo da ofensiva foi o comandante do Hezbollah, que acabou assassinado. O líder do Hamas, por sua vez, foi morto em Teerã, capital do Irã, no dia seguinte.

O aumento da tensão no Oriente Médio ocorre no contexto da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que já dura quase dez meses. O Hezbollah é aliado do Hamas e apoiado pelo Irã. Outros países, como os Estados Unidos, também orientaram seus cidadãos a saírem do Líbano.

'Se você não estiver no Líbano, não viaje ao país', diz o comunicado no site da embaixada brasileira no Líbano. 'A Embaixada recomenda aos cidadãos brasileiros residentes ou que estão viajando pelo Líbano que considerem a precaução de deixar o país, por seus próprios meios, até que o país volte à normalidade', afirma outro trecho.

A embaixada afirma que os brasileiros que não puderem deixar o Líbano devem evitar permanecer no sul do país, em áreas de fronteira ou em outros locais considerados de risco. Também há a recomendação de que os brasileiros não participem de protestos e sigam orientações de segurança das autoridades locais.

Na última quarta-feira, 31, o governo Lula condenou o ataque de Israel a Beirute e disse acompanhar com 'extrema preocupação' a escalada das hostilidades na região. 'A continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países', dizia comunicado do Itamaraty.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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