Venezuela vive dúvida e instabilidade em meio a questionamentos da eleição
Uma pessoa morreu em um dos protestos que eclodiram nesta segunda-feira na Venezuela, contra a questionada reeleição do presidente Nicolás Maduro. A informação foi confirmada pela ONG Foro Penal, especializada na defesa de presos políticos.
“Há pelo menos uma pessoa assassinada no (estado de) Yaracuy e 46 pessoas detidas por eventos pós-eleitorais”, escreveu na rede social X Alfredo Romero, diretor da organização.
Duas estátuas do ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013) foram derrubadas. “Foram atacar o comandante Chávez, o melhor presidente que a Venezuela teve em 150 anos”, criticou Maduro em discurso na TV, durante o qual exibiu imagens da derrubada das estátuas, que ocorreu em La Guaira e Mariara. Os registros haviam circulado nas redes sociais e sido divulgados pela imprensa.
Maduro chegou à Presidência em 2013, após a morte de Chávez, e conquistou o terceiro mandato de seis anos, segundo os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral. Paralelamente à proclamação formal de Maduro hoje, houve manifestações em diferentes setores de Caracas e no interior do país.
A militarizada Guarda Nacional dispersou várias delas com gás lacrimogêneo e balas de borracha. Em alguns bairros, foram ouvidos tiros. Após acessar cópias de 73% das atas eleitorais, a oposição afirmou que pode provar que houve fraude na apuração dos votos.
AFP e Correio do Povo
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