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sábado, 27 de julho de 2024

Ministros do G20 se comprometem com equilíbrio fiscal em comunicado conjunto

 Para conseguir publicar documento conjunto, presidência brasileira do grupo recorreu à alternativa de desmembrá-lo, deixando questões geopolíticas numa declaração à parte


Os ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 divulgaram comunicado conjunto, nesta sexta-feira, 26, após a conclusão de encontro no Rio de Janeiro. No texto, o grupo reforça compromisso com a sustentabilidade fiscal, mas promete uma política que assegure também crescimento econômico e impulsione investimentos públicos e privados.

Desde o início da guerra da Ucrânia, a trilha financeira do grupo das 20 maiores economias do globo (G20) não tinha conseguido chegar a um consenso para publicar um comunicado sobre as decisões do grupo.

As edições da Indonésia e da Índia ficaram com vácuo de divulgações de communiqués. Quando isso ocorre, é publicado um texto alternativo, chamado de Chairs Summary pela presidência do grupo.

Trata-se, porém, de apenas um registro dos encontros, como se fosse uma espécie de ata. Basicamente, a falta de um acordo se dá por causa da forma com que é retratada a invasão pela Rússia do país do leste europeu e os principais agentes da discórdia são, de um lado, Rússia e China (que consideram a trilha financeira do G20 um fórum inadequado para temas geopolíticos) e, de outro, União Europeia e Estados Unidos.

Para conseguir publicar o comunicado, a presidência brasileira recorreu à alternativa de desmembrar o texto, deixando as questões geopolíticas numa declaração à parte assinada apenas pelo anfitrião. A redação da nota conjunta, assim, não menciona os conflitos em Gaza e na Ucrânia.

PIB

No comunicado conjunto, os ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 ressaltam a desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países para um ritmo menor do que o da média histórica no médio e longo prazo. Segundo os líderes do Grupo dos 20, a economia global se mostrou resiliente, mas a recuperação econômica ainda é muito desigual no globo.

O documento reafirma que o G20 continuará buscando a sustentabilidade fiscal e indica que os riscos de alta à economia global dependem de maior cooperação e de um impulso à produtividade. Porém, guerras, fragmentação política e eventos climáticos ameaçam o ritmo de crescimento global.

A declaração conjunta diz que os ministros seguem encorajados com a possibilidade de um pouso suave, e pontua que eles pretendem calibrar melhor a política econômica do Grupo para impulsionar o crescimento, transmitindo-a sempre com transparência.

Quanto à atuação dos bancos centrais, o comunicado reconhece que a inflação global segue caindo de níveis elevados como resultado da política econômica restritiva dos Bcs, que 'seguem fortemente comprometidos em ajustar a política econômica com base em dados'. Os integrantes do G20 também reafirmaram o compromisso do Grupo em entregar bancos multilaterais mais efetivos, e expressaram solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul, no Brasil, que foi afetado pelas fortes enchentes.

Desde o início da guerra da Ucrânia, a trilha financeira do grupo das 20 maiores economias do globo (G20) não tinha conseguido chegar a um consenso para publicar um comunicado sobre as decisões do grupo. As edições da Indonésia e da Índia ficaram com vácuo de divulgações de communiqués. Para conseguir publicar o comunicado, a presidência brasileira recorreu à alternativa de desmembrar o texto, deixando as questões geopolíticas em uma declaração à parte assinada apenas pelo anfitrião.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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