Equipes do DMLU fazem esforço concentrado para raspar lodo e retirar entulhos do entorno de bueiros na região
Equipes do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) correm contra o tempo, nesta quarta-feira, em bairros do 4º Distrito, na zona Norte de Porto Alegre. Isso porque a chuva incessante acaba arrastando lixo e lodo para o interior de bueiros. Apesar dos esforços, quem caminhar por ruas na área industrial da cidade encontrará extravasamento de bocas de lobo e poças dispersas em quase todas as vias.
A água suja fora do esgoto não é algo incomum na região. O engenheiro agrônomo Lourenço Menezes, de 35 anos, mora na rua Hoffman, no bairro Floresta, e conta que ali os bueiros estão entupidos desde antes da enchente, mas ocorrências do tipo pioraram após a catástrofe climática.
"Desde o fim de abri, cada vez é mais rotineiro que a água se acumule em certas regiões do bairro. O excesso de entulho não deixa os bueiros drenarem normalmente, o que faz o liquido sujo permanecer parado em diversas esquinas”, descreveu o morador.
Ainda no bairro Floresta, pilhas de lixo voltaram a se acumular na rua Santos Dumont. O problema se repete na rua Voluntários da Pátria, onde o esgoto extravasado começa a invadir trechos na via.
No bairro São Geraldo, os entulhos começam a se espalhar na Rua do Parque e é possível observar resíduos se acumulando em frente a bueiros. “Essa situação é comum para quem mora no bairro. A vizinhança reclama há tempos, mas nada muda. A chuva virou sinônimo de pontos alagados”, confessou o professor de inglês Luciano Junges, de 27 anos.
No bairro Navegantes, cerca de 20 trabalhadores do DMLU se concentram na avenida Missões. O foco é retirar o lixo e raspar o lodo das calçadas, antes que entrem em bueiros. A água na via chegou a quase dois metros durante a enchente no início de maio.
De acordo com Alexandre Friedrich, diretor de limpeza e coleta do DMLU, um dos principais problemas no 4º Distrito é que o acumulo de entulhos é constante. Isso acontece por causa da diferença no tempo de limpeza em cada empreendimento, o que resulta em despejo diário de resíduos.
"Sempre há aquele proprietário que deixa para limpar a empresa depois dos outros. Esse é um dos motivos que os entulhos não cessam na região. Por isso, temos mantido as equipes em força-tarefa diária no local. Estamos com empenho máximo e trabalhados de forma incansável”, enfatizou Alexandre Friedrich, que também é conhecido como Rei da Rua.
Correio do Povo
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