Apesar da inflação no atacado nos EUA acima do esperado, cresce a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve a partir de setembro
Após uma alta pela manhã em meio a ruídos políticos e fiscais, o dólar à vista perdeu força ao longo da tarde e fechou em leve queda nesta sexta-feira, 12, alinhado ao comportamento da moeda americana no exterior.
Após uma alta pela manhã em meio a ruídos políticos e fiscais, o dólar à vista perdeu força ao longo da tarde e fechou em leve queda nesta sexta-feira, 12, alinhado ao comportamento da moeda americana no exterior. Apesar da inflação no atacado nos EUA levemente acima do esperado, cresce a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve a partir de setembro.
A recuperação do real na segunda etapa de negócios se deu em sintonia com o aumento dos ganhos do Ibovespa, que chegou a superar pontualmente a linha dos 129 mil pontos, e o aprofundamento das perdas do dólar em relação a outras divisas latino-americanas. Dados da B3 mostram retomada do apetite estrangeiro por ações domésticas, com saldo positivo de R$ 2,88 bilhões no mês, até o dia 10.
Com mínima a 5,4160 e máxima R$ 5,4656, o dólar à vista terminou o pregão em baixa de 0,21%, cotado a R$ 5,4311, acumulando perda de 0,57% na semana. Em julho, a moeda americana cai 2,81%. O real tem na semana e no mês desempenho inferior aos pesos mexicano, chileno e colombiano, fato atribuído por analistas ainda ao quadro fiscal doméstico.
O economista-chefe da Monte Bravo, Luciano CostApós uma alta pela manhã em meio a ruídos políticos e fiscais, o dólar à vista perdeu força ao longo da tarde e fechou em leve queda nesta sexta-feira, 12, alinhado ao comportamento da moeda americana no exterior.
Após uma alta pela manhã em meio a ruídos políticos e fiscais, o dólar à vista perdeu força ao longo da tarde e fechou em leve queda nesta sexta-feira, 12, alinhado ao comportamento da moeda americana no exterior. Apesar da inflação no atacado nos EUA levemente acima do esperado, cresce a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve a partir de setembro.
A recuperação do real na segunda etapa de negócios se deu em sintonia com o aumento dos ganhos do Ibovespa, que chegou a superar pontualmente a linha dos 129 mil pontos, e o aprofundamento das perdas do dólar em relação a outras divisas latino-americanas. Dados da B3 mostram retomada do apetite estrangeiro por ações domésticas, com saldo positivo de R$ 2,88 bilhões no mês, até o dia 10.
Com mínima a 5,4160 e máxima R$ 5,4656, o dólar à vista terminou o pregão em baixa de 0,21%, cotado a R$ 5,4311, acumulando perda de 0,57% na semana. Em julho, a moeda americana cai 2,81%. O real tem na semana e no mês desempenho inferior aos pesos mexicano, chileno e colombiano, fato atribuído por analistas ainda ao quadro fiscal doméstico.
O economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, observa que o real poderia ter se apreciado mais em semana muito positiva para divisas emergentes, após as leituras de inflação nos EUA sugerirem espaço para cortes de juros pelo Fed, o que favoreceu ativos de risco.
Costa atribui o fôlego limitado da moeda brasileira à tensão na área fiscal, com os debates em torno das medidas de compensação pela manutenção da desoneração da folha de pagamentos, o projeto de renegociação da dívida dos Estados e, especialmente, a expectativa pela divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas no próximo dia 22.
"O mercado que ver no dia 22 quanto vai ser bloqueado e contingenciado neste ano. E ainda espera efetivamente as medidas para corte de gastos em 2025 e 2026", afirma Costa, para quem um bloqueio entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões pode ser positivo para o real. "Podemos ver o dólar voltar para perto de R$ 5,30. Muito abaixo disso, só se houver uma surpresa grande que mostre o governo realmente comprometido com as metas fiscais".
Analistas afirmam que há um desconforto com os novos ruídos políticos, como a queda de braço entre o Ministério da Fazenda e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em torno das medidas para compensar a desoneração. Hoje à tarde, Pacheco afirmou que "não há receptividade política" para aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) proposto pela Fazenda.
Para operadores, parte da alta do dólar pela manhã esteve relacionada ao tom mais belicoso adotado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em fala durante o 9º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Abraji.
Haddad defendeu a agenda de recomposição tributária, citando fundos e exclusivos e offshore, e disse que a "elite quer sempre que o pobre pague imposto". Ele afirmou que a Fazenda propôs elevação temporária da CSLL caso as medidas cogitadas pelo Senado não consigam trazer as receitas necessárias para recompor as perdas com a desoneração.
Lá fora, o índice DXY - termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes - caiu mais uma vez e se aproximou do piso dos 104,000 pontos. Destaque para a valorização de mais de 0,60% do iene. Cálculos baseados em dados do Banco do Japão (BoJ) sugerem que houve intervenção no mercado de câmbio na quinta-feira, o que teria se repetido hoje. O fortalecimento do iene provocou desmonte de operações de carry trade, o que prejudicou divisas emergentes ontem e pode ter contribuído para o desempenho modesto do real hoje.
No mercado de renda fixa, as taxas dos Treasuries caíram em bloco pelo segundo dia seguido, com a T-note de 10 anos abaixo de 4,20%. Monitoramento do CME Group mostra 51% de chances de redução total de 75 pontos base da taxa básica americana neste ano.
Depois da surpresa ontem com a retração da inflação ao consumidor nos EUA em junho, hoje a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) veio levemente acima do esperado, tanto no índice cheio quanto no núcleo.
Em nota, a consultoria britânica Capital Economics, afirmou, contudo, que a abertura do PPI foi positiva, mostrando que componentes que influenciam o chamado PCE, medida de inflação favorita pelo Fed, vieram abaixo das expectativas. Além disso, houve queda superior a esperada do índice de confiança do consumidor americano, elaborado pela Universidade de Michigan, e recuo das expectativas para a inflação em 12 meses e em cinco anos.
Após uma alta pela manhã em meio a ruídos políticos e fiscais, o dólar à vista perdeu força ao longo da tarde e fechou em leve queda nesta sexta-feira, 12, alinhado ao comportamento da moeda americana no exterior. Apesar da inflação no atacado nos EUA levemente acima do esperado, cresce a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve a partir de setembro.
A recuperação do real na segunda etapa de negócios se deu em sintonia com o aumento dos ganhos do Ibovespa, que chegou a superar pontualmente a linha dos 129 mil pontos, e o aprofundamento das perdas do dólar em relação a outras divisas latino-americanas. Dados da B3 mostram retomada do apetite estrangeiro por ações domésticas, com saldo positivo de R$ 2,88 bilhões no mês, até o dia 10.
Com mínima a 5,4160 e máxima R$ 5,4656, o dólar à vista terminou o pregão em baixa de 0,21%, cotado a R$ 5,4311, acumulando perda de 0,57% na semana. Em julho, a moeda americana cai 2,81%. O real tem na semana e no mês desempenho inferior aos pesos mexicano, chileno e colombiano, fato atribuído por analistas ainda ao quadro fiscal doméstico.
O economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, observa que o real poderia ter se apreciado mais em semana muito positiva para divisas emergentes, após as leituras de inflação nos EUA sugerirem espaço para cortes de juros pelo Fed, o que favoreceu ativos de risco.
Costa atribui o fôlego limitado da moeda brasileira à tensão na área fiscal, com os debates em torno das medidas de compensação pela manutenção da desoneração da folha de pagamentos, o projeto de renegociação da dívida dos Estados e, especialmente, a expectativa pela divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas no próximo dia 22.
"O mercado que ver no dia 22 quanto vai ser bloqueado e contingenciado neste ano. E ainda espera efetivamente as medidas para corte de gastos em 2025 e 2026", afirma Costa, para quem um bloqueio entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões pode ser positivo para o real. "Podemos ver o dólar voltar para perto de R$ 5,30. Muito abaixo disso, só se houver uma surpresa grande que mostre o governo realmente comprometido com as metas fiscais".
Analistas afirmam que há um desconforto com os novos ruídos políticos, como a queda de braço entre o Ministério da Fazenda e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em torno das medidas para compensar a desoneração. Hoje à tarde, Pacheco afirmou que "não há receptividade política" para aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) proposto pela Fazenda.
Para operadores, parte da alta do dólar pela manhã esteve relacionada ao tom mais belicoso adotado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em fala durante o 9º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Abraji.
Haddad defendeu a agenda de recomposição tributária, citando fundos e exclusivos e offshore, e disse que a "elite quer sempre que o pobre pague imposto". Ele afirmou que a Fazenda propôs elevação temporária da CSLL caso as medidas cogitadas pelo Senado não consigam trazer as receitas necessárias para recompor as perdas com a desoneração.
Lá fora, o índice DXY - termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes - caiu mais uma vez e se aproximou do piso dos 104,000 pontos. Destaque para a valorização de mais de 0,60% do iene. Cálculos baseados em dados do Banco do Japão (BoJ) sugerem que houve intervenção no mercado de câmbio na quinta-feira, o que teria se repetido hoje. O fortalecimento do iene provocou desmonte de operações de carry trade, o que prejudicou divisas emergentes ontem e pode ter contribuído para o desempenho modesto do real hoje.
No mercado de renda fixa, as taxas dos Treasuries caíram em bloco pelo segundo dia seguido, com a T-note de 10 anos abaixo de 4,20%. Monitoramento do CME Group mostra 51% de chances de redução total de 75 pontos base da taxa básica americana neste ano.
Depois da surpresa ontem com a retração da inflação ao consumidor nos EUA em junho, hoje a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) veio levemente acima do esperado, tanto no índice cheio quanto no núcleo.
Em nota, a consultoria britânica Capital Economics, afirmou, contudo, que a abertura do PPI foi positiva, mostrando que componentes que influenciam o chamado PCE, medida de inflação favorita pelo Fed, vieram abaixo das expectativas. Além disso, houve queda superior a esperada do índice de confiança do consumidor americano, elaborado pela Universidade de Michigan, e recuo das expectativas para a inflação em 12 meses e em cinco anos.
A recuperação do real na segunda etapa de negócios se deu em sintonia com o aumento dos ganhos do Ibovespa, que chegou a superar pontualmente a linha dos 129 mil pontos, e o aprofundamento das perdas do dólar em relação a outras divisas latino-americanas. Dados da B3 mostram retomada do apetite estrangeiro por ações domésticas, com saldo positivo de R$ 2,88 bilhões no mês, até o dia 10.
Com mínima a 5,4160 e máxima R$ 5,4656, o dólar à vista terminou o pregão em baixa de 0,21%, cotado a R$ 5,4311, acumulando perda de 0,57% na semana. Em julho, a moeda americana cai 2,81%. O real tem na semana e no mês desempenho inferior aos pesos mexicano, chileno e colombiano, fato atribuído por analistas ainda ao quadro fiscal doméstico.
O economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, observa que o real poderia ter se apreciado mais em semana muito positiva para divisas emergentes, após as leituras de inflação nos EUA sugerirem espaço para cortes de juros pelo Fed, o que favoreceu ativos de risco.
Costa atribui o fôlego limitado da moeda brasileira à tensão na área fiscal, com os debates em torno das medidas de compensação pela manutenção da desoneração da folha de pagamentos, o projeto de renegociação da dívida dos Estados e, especialmente, a expectativa pela divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas no próximo dia 22.
"O mercado que ver no dia 22 quanto vai ser bloqueado e contingenciado neste ano. E ainda espera efetivamente as medidas para corte de gastos em 2025 e 2026", afirma Costa, para quem um bloqueio entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões pode ser positivo para o real. "Podemos ver o dólar voltar para perto de R$ 5,30. Muito abaixo disso, só se houver uma surpresa grande que mostre o governo realmente comprometido com as metas fiscais".
Analistas afirmam que há um desconforto com os novos ruídos políticos, como a queda de braço entre o Ministério da Fazenda e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em torno das medidas para compensar a desoneração. Hoje à tarde, Pacheco afirmou que "não há receptividade política" para aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) proposto pela Fazenda.
Para operadores, parte da alta do dólar pela manhã esteve relacionada ao tom mais belicoso adotado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em fala durante o 9º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Abraji.
Haddad defendeu a agenda de recomposição tributária, citando fundos e exclusivos e offshore, e disse que a "elite quer sempre que o pobre pague imposto". Ele afirmou que a Fazenda propôs elevação temporária da CSLL caso as medidas cogitadas pelo Senado não consigam trazer as receitas necessárias para recompor as perdas com a desoneração.
Lá fora, o índice DXY - termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes - caiu mais uma vez e se aproximou do piso dos 104,000 pontos. Destaque para a valorização de mais de 0,60% do iene. Cálculos baseados em dados do Banco do Japão (BoJ) sugerem que houve intervenção no mercado de câmbio na quinta-feira, o que teria se repetido hoje. O fortalecimento do iene provocou desmonte de operações de carry trade, o que prejudicou divisas emergentes ontem e pode ter contribuído para o desempenho modesto do real hoje.
No mercado de renda fixa, as taxas dos Treasuries caíram em bloco pelo segundo dia seguido, com a T-note de 10 anos abaixo de 4,20%. Monitoramento do CME Group mostra 51% de chances de redução total de 75 pontos base da taxa básica americana neste ano.
Depois da surpresa ontem com a retração da inflação ao consumidor nos EUA em junho, hoje a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) veio levemente acima do esperado, tanto no índice cheio quanto no núcleo.
Em nota, a consultoria britânica Capital Economics, afirmou, contudo, que a abertura do PPI foi positiva, mostrando que componentes que influenciam o chamado PCE, medida de inflação favorita pelo Fed, vieram abaixo das expectativas. Além disso, houve queda superior a esperada do índice de confiança do consumidor americano, elaborado pela Universidade de Michigan, e recuo das expectativas para a inflação em 12 meses e em cinco anos.
a, observa que o real poderia ter se apreciado mais em semana muito positiva para divisas emergentes, após as leituras de inflação nos EUA sugerirem espaço para cortes de juros pelo Fed, o que favoreceu ativos de risco.
Costa atribui o fôlego limitado da moeda brasileira à tensão na área fiscal, com os debates em torno das medidas de compensação pela manutenção da desoneração da folha de pagamentos, o projeto de renegociação da dívida dos Estados e, especialmente, a expectativa pela divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas no próximo dia 22.
"O mercado que ver no dia 22 quanto vai ser bloqueado e contingenciado neste ano. E ainda espera efetivamente as medidas para corte de gastos em 2025 e 2026", afirma Costa, para quem um bloqueio entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões pode ser positivo para o real. "Podemos ver o dólar voltar para perto de R$ 5,30. Muito abaixo disso, só se houver uma surpresa grande que mostre o governo realmente comprometido com as metas fiscais".
Analistas afirmam que há um desconforto com os novos ruídos políticos, como a queda de braço entre o Ministério da Fazenda e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em torno das medidas para compensar a desoneração. Hoje à tarde, Pacheco afirmou que "não há receptividade política" para aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) proposto pela Fazenda.
Para operadores, parte da alta do dólar pela manhã esteve relacionada ao tom mais belicoso adotado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em fala durante o 9º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Abraji.
Haddad defendeu a agenda de recomposição tributária, citando fundos e exclusivos e offshore, e disse que a "elite quer sempre que o pobre pague imposto". Ele afirmou que a Fazenda propôs elevação temporária da CSLL caso as medidas cogitadas pelo Senado não consigam trazer as receitas necessárias para recompor as perdas com a desoneração.
Lá fora, o índice DXY - termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes - caiu mais uma vez e se aproximou do piso dos 104,000 pontos. Destaque para a valorização de mais de 0,60% do iene. Cálculos baseados em dados do Banco do Japão (BoJ) sugerem que houve intervenção no mercado de câmbio na quinta-feira, o que teria se repetido hoje. O fortalecimento do iene provocou desmonte de operações de carry trade, o que prejudicou divisas emergentes ontem e pode ter contribuído para o desempenho modesto do real hoje.
No mercado de renda fixa, as taxas dos Treasuries caíram em bloco pelo segundo dia seguido, com a T-note de 10 anos abaixo de 4,20%. Monitoramento do CME Group mostra 51% de chances de redução total de 75 pontos base da taxa básica americana neste ano.
Depois da surpresa ontem com a retração da inflação ao consumidor nos EUA em junho, hoje a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) veio levemente acima do esperado, tanto no índice cheio quanto no núcleo.
Em nota, a consultoria britânica Capital Economics, afirmou, contudo, que a abertura do PPI foi positiva, mostrando que componentes que influenciam o chamado PCE, medida de inflação favorita pelo Fed, vieram abaixo das expectativas. Além disso, houve queda superior a esperada do índice de confiança do consumidor americano, elaborado pela Universidade de Michigan, e recuo das expectativas para a inflação em 12 meses e em cinco anos.
Após uma alta pela manhã em meio a ruídos políticos e fiscais, o dólar à vista perdeu força ao longo da tarde e fechou em leve queda nesta sexta-feira, 12, alinhado ao comportamento da moeda americana no exterior. Apesar da inflação no atacado nos EUA levemente acima do esperado, cresce a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve a partir de setembro.
A recuperação do real na segunda etapa de negócios se deu em sintonia com o aumento dos ganhos do Ibovespa, que chegou a superar pontualmente a linha dos 129 mil pontos, e o aprofundamento das perdas do dólar em relação a outras divisas latino-americanas. Dados da B3 mostram retomada do apetite estrangeiro por ações domésticas, com saldo positivo de R$ 2,88 bilhões no mês, até o dia 10.
Com mínima a 5,4160 e máxima R$ 5,4656, o dólar à vista terminou o pregão em baixa de 0,21%, cotado a R$ 5,4311, acumulando perda de 0,57% na semana. Em julho, a moeda americana cai 2,81%. O real tem na semana e no mês desempenho inferior aos pesos mexicano, chileno e colombiano, fato atribuído por analistas ainda ao quadro fiscal doméstico.
O economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, observa que o real poderia ter se apreciado mais em semana muito positiva para divisas emergentes, após as leituras de inflação nos EUA sugerirem espaço para cortes de juros pelo Fed, o que favoreceu ativos de risco.
Costa atribui o fôlego limitado da moeda brasileira à tensão na área fiscal, com os debates em torno das medidas de compensação pela manutenção da desoneração da folha de pagamentos, o projeto de renegociação da dívida dos Estados e, especialmente, a expectativa pela divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas no próximo dia 22.
"O mercado que ver no dia 22 quanto vai ser bloqueado e contingenciado neste ano. E ainda espera efetivamente as medidas para corte de gastos em 2025 e 2026", afirma Costa, para quem um bloqueio entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões pode ser positivo para o real. "Podemos ver o dólar voltar para perto de R$ 5,30. Muito abaixo disso, só se houver uma surpresa grande que mostre o governo realmente comprometido com as metas fiscais".
Analistas afirmam que há um desconforto com os novos ruídos políticos, como a queda de braço entre o Ministério da Fazenda e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em torno das medidas para compensar a desoneração. Hoje à tarde, Pacheco afirmou que "não há receptividade política" para aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) proposto pela Fazenda.
Para operadores, parte da alta do dólar pela manhã esteve relacionada ao tom mais belicoso adotado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em fala durante o 9º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Abraji.
Haddad defendeu a agenda de recomposição tributária, citando fundos e exclusivos e offshore, e disse que a "elite quer sempre que o pobre pague imposto". Ele afirmou que a Fazenda propôs elevação temporária da CSLL caso as medidas cogitadas pelo Senado não consigam trazer as receitas necessárias para recompor as perdas com a desoneração.
Lá fora, o índice DXY - termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes - caiu mais uma vez e se aproximou do piso dos 104,000 pontos. Destaque para a valorização de mais de 0,60% do iene. Cálculos baseados em dados do Banco do Japão (BoJ) sugerem que houve intervenção no mercado de câmbio na quinta-feira, o que teria se repetido hoje. O fortalecimento do iene provocou desmonte de operações de carry trade, o que prejudicou divisas emergentes ontem e pode ter contribuído para o desempenho modesto do real hoje.
No mercado de renda fixa, as taxas dos Treasuries caíram em bloco pelo segundo dia seguido, com a T-note de 10 anos abaixo de 4,20%. Monitoramento do CME Group mostra 51% de chances de redução total de 75 pontos base da taxa básica americana neste ano.
Depois da surpresa ontem com a retração da inflação ao consumidor nos EUA em junho, hoje a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) veio levemente acima do esperado, tanto no índice cheio quanto no núcleo.
Em nota, a consultoria britânica Capital Economics, afirmou, contudo, que a abertura do PPI foi positiva, mostrando que componentes que influenciam o chamado PCE, medida de inflação favorita pelo Fed, vieram abaixo das expectativas. Além disso, houve queda superior a esperada do índice de confiança do consumidor americano, elaborado pela Universidade de Michigan, e recuo das expectativas para a inflação em 12 meses e em cinco anos.
A recuperação do real na segunda etapa de negócios se deu em sintonia com o aumento dos ganhos do Ibovespa, que chegou a superar pontualmente a linha dos 129 mil pontos, e o aprofundamento das perdas do dólar em relação a outras divisas latino-americanas. Dados da B3 mostram retomada do apetite estrangeiro por ações domésticas, com saldo positivo de R$ 2,88 bilhões no mês, até o dia 10.
Com mínima a 5,4160 e máxima R$ 5,4656, o dólar à vista terminou o pregão em baixa de 0,21%, cotado a R$ 5,4311, acumulando perda de 0,57% na semana. Em julho, a moeda americana cai 2,81%. O real tem na semana e no mês desempenho inferior aos pesos mexicano, chileno e colombiano, fato atribuído por analistas ainda ao quadro fiscal doméstico.
O economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, observa que o real poderia ter se apreciado mais em semana muito positiva para divisas emergentes, após as leituras de inflação nos EUA sugerirem espaço para cortes de juros pelo Fed, o que favoreceu ativos de risco.
Costa atribui o fôlego limitado da moeda brasileira à tensão na área fiscal, com os debates em torno das medidas de compensação pela manutenção da desoneração da folha de pagamentos, o projeto de renegociação da dívida dos Estados e, especialmente, a expectativa pela divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas no próximo dia 22.
"O mercado que ver no dia 22 quanto vai ser bloqueado e contingenciado neste ano. E ainda espera efetivamente as medidas para corte de gastos em 2025 e 2026", afirma Costa, para quem um bloqueio entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões pode ser positivo para o real. "Podemos ver o dólar voltar para perto de R$ 5,30. Muito abaixo disso, só se houver uma surpresa grande que mostre o governo realmente comprometido com as metas fiscais".
Analistas afirmam que há um desconforto com os novos ruídos políticos, como a queda de braço entre o Ministério da Fazenda e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em torno das medidas para compensar a desoneração. Hoje à tarde, Pacheco afirmou que "não há receptividade política" para aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) proposto pela Fazenda.
Para operadores, parte da alta do dólar pela manhã esteve relacionada ao tom mais belicoso adotado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em fala durante o 9º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Abraji.
Haddad defendeu a agenda de recomposição tributária, citando fundos e exclusivos e offshore, e disse que a "elite quer sempre que o pobre pague imposto". Ele afirmou que a Fazenda propôs elevação temporária da CSLL caso as medidas cogitadas pelo Senado não consigam trazer as receitas necessárias para recompor as perdas com a desoneração.
Lá fora, o índice DXY - termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes - caiu mais uma vez e se aproximou do piso dos 104,000 pontos. Destaque para a valorização de mais de 0,60% do iene. Cálculos baseados em dados do Banco do Japão (BoJ) sugerem que houve intervenção no mercado de câmbio na quinta-feira, o que teria se repetido hoje. O fortalecimento do iene provocou desmonte de operações de carry trade, o que prejudicou divisas emergentes ontem e pode ter contribuído para o desempenho modesto do real hoje.
No mercado de renda fixa, as taxas dos Treasuries caíram em bloco pelo segundo dia seguido, com a T-note de 10 anos abaixo de 4,20%. Monitoramento do CME Group mostra 51% de chances de redução total de 75 pontos base da taxa básica americana neste ano.
Depois da surpresa ontem com a retração da inflação ao consumidor nos EUA em junho, hoje a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) veio levemente acima do esperado, tanto no índice cheio quanto no núcleo.
Em nota, a consultoria britânica Capital Economics, afirmou, contudo, que a abertura do PPI foi positiva, mostrando que componentes que influenciam o chamado PCE, medida de inflação favorita pelo Fed, vieram abaixo das expectativas. Além disso, houve queda superior a esperada do índice de confiança do consumidor americano, elaborado pela Universidade de Michigan, e recuo das expectativas para a inflação em 12 meses e em cinco anos.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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