As operações no aeroporto da Capital serão a pauta da reunião entre o governo federal e a Fraport nesta terça-feira
Taline Oppitz
O ministro de Apoio à Reconstrução, Paulo Pimenta, defendeu, nesta segunda-feira, que o governo federal está trabalhando em parceria com o governo do Estado, com prefeituras e com a sociedade visando união em torno das negociações sobre o caso da retomada das operações do Aeroporto Internacional Salgado Filho. A pauta será tratada em reunião nesta terça-feira, em Brasília, às 14h, na Casa Civil, comandada pelo ministro Rui Costa, entre representantes do governo federal e da Fraport. Estará presente no encontro o presidente do Conselho Executivo da Fraport AG, Stefan Schulte.
Pimenta destacou ainda, durante participação online em audiência pública que tratou do tema, ontem, organizada pela OAB/RS, que um cronograma de retomada precisa ser apresentado pela Fraport. “Estamos atuando em conjunto para chegar a essa reunião com força, unidos. Essa reunião é decisiva para ver como a Fraport pretende lidar com a concessão. Precisamos sair da reunião com um cronograma claro sobre a retomada das operações”, disse Pimenta.
O ministro destacou ainda que está entre os que defendem a retomada das operações, mesmo que em caráter provisório. Ele ressaltou, no entanto, que a medida depende da análise técnica sobre a segurança. “Nenhum outro fator pode ser impeditivo, mas, em função do posicionamento técnico que envolve a segurança, essa análise será conclusiva. Dependemos do conhecimento técnico sobre a situação da pista”, afirmou.
Piratini não terá representante
O governador Eduardo Leite não participará da reunião, em Brasília, para tratar da retomada das operações do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Também não estará presente nenhum representante do governo gaúcho, já que se trata de concessão federal.
Prazo para o diagnóstico da infraestrutura é considerado razoável pela Anac
No começo do mês, a Fraport iniciou a limpeza e a avaliação da infraestrutura do Aeroporto Internacional Salgado Filho. O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 45 dias. Questionado sobre o tempo estimado para o diagnóstico, durante a audiência da OAB, o diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Luiz Ricardo Nascimento, respondeu. “É um prazo bastante razoável, pois não é fácil ter um resultado em função da magnitude”, afirmou. Nascimento ressaltou que quatro especialistas internacionais foram consultados sobre o tema. De forma categórica, todos eles informaram nunca ter visto uma pista de mais de 2 mil metros ter ficado abaixo d’água por um mês. “A dimensão é gigantesca”, concluiu.
Correio do Povo
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