terça-feira, 25 de junho de 2024

População do Sarandi ainda convive com muito lixo nos portões de casa

 DMLU já recolheu mais de 80 mil toneladas de resíduos na limpeza pós-enchente da Capital

Moradores da rua Rodrigues da Costa aguardam as equipes do DMLU 

O último levantamento divulgado pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) dá conta de que mais de 80 mil toneladas de resíduos de todas as espécies já foram retiradas das ruas de Porto Alegre. Contudo, transitar por algumas regiões da cidade ainda oferece a sensação de que os transtornos causados pelas inundações ainda vão perdurar por longo período.

Equipes, caminhões e retroescavadeiras ocupam as ruas do Sarandi, na zona Norte, mas a população que habita o bairro ainda convive com muito lixo nos portões de casa. O trabalho de limpeza conduzido pela prefeitura foi intensificado desde o último sábado na região, e ainda assim não há perspectiva de quando a normalidade será restabelecida, cenário que vale também para as comunidades do Humaitá, São Geraldo e Vila Farrapos.

A força-tarefa do DMLU já passou pela avenida 21 de Abril em mais de uma ocasião, porém, muitas quadras ainda aguardam a remoção dos rejeitos. A pedagoga Deise Rodrigues relata que aguarda há um mês a limpeza. “A água baixou, mas ainda não retiraram tudo. E muito do que já saiu na verdade foi levado por catadores”, relata a moradora do Sarandi.

Canteiro central da avenida 21 de Abril ainda tem lixo acumulado Canteiro central da avenida 21 de Abril ainda tem lixo acumulado | Foto: Fabiano do Amaral

A força-tarefa que atua no bairro ainda não alcançou pontos como a rua Rodrigues da Costa e a avenida Faria Lobato. Estas duas vias acumulam volume considerável de móveis, utensílios, roupas, entre outros pertences descartados pelas famílias atingidas pela enchente.

De acordo com o DMLU, 1.040 garis atuam nos bairros afetados pela cheia do Guaíba. Estes trabalhadores são auxiliados por 477 equipamentos, entre caminhões e retroescavadeiras, que contam também com equipe de motoristas e operadores das máquinas, entre fiscais e apontadores. As atividades são coordenadas pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb).

De acordo com o diretor-geral do DMLU, Carlos Alberto Hundertmarker, o Sarandi foi um dos últimos bairros em que a água baixou, portanto é onde as equipes de limpeza demoraram mais a chegar. “Desde o sábado estamos com presença reforçada no Sarandi. Deslocamos equipes que estavam em outras regiões onde o trabalho já foi concluído para atender a zona Norte”, garante o gestor, que prefere não dar prazo para a conclusão dos serviços.

Correio do Povo

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