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domingo, 2 de junho de 2024

Moradores limpam casas em ruínas após água baixar no entorno da Arena do Grêmio

 Enchente danificou estrutura de residências no bairro Humaitá e Vila Farrapos

Entorno da Arena do Grêmio foi coberto por lodo após enchente 

O recuo da água no entorno da Arena do Grêmio permite a volta de moradores do bairro Humaitá e Vila Farrapos, na zona Norte de Porto Alegre. A maior parte deles, no entanto, retorna para limpar estabelecimentos comerciais e buscar utensílios que não foram perdidos na enchente. Neste sábado, a lama ainda inviabiliza condições de moradia em residências.

A enchente, que chegou a ultrapassar dois metros na localidade, deu lugar a ruas cobertas por lodo e montanhas de lixo, formadas por camas, mesas, cadeiras, roupas, prateleiras e outros itens.

Uma retroescavadeira da gestão municipal auxilia o recolhimento de entulhos na avenida Padre Leopoldo Brentano. O restante da limpeza era feito por moradores, com o uso de mangueiras, vassouras e esfregões.

Delter Marques, de 39 anos, é proprietário de um bar na região. Ele decidiu permanecer no segundo piso do estabelecimento, mesmo no auge da enchente, na tentativa de evitar furtos e saques. O primeiro andar do local, no entanto, foi invadido pela água, que gerou danos de milhares de reais.

"É muito triste, perdemos todos os nossos produtos. Além disso, o local está coberto por lodo e não há previsão de reabrir. Estimo que o prejuízo seja de no mínimo R$ 30 mil, mas esse valor aumenta a cada dia que não conseguimos abrir as portas”, disse o homem.

Na casa que fica ao lado do bar morava Linara Marques, de 45 anos, que é irmã do proprietário. Desde o início do mês, ela e a filha, de 11 anos, residem na casa de familiares em Alvorada, na região Metropolitana. A água danificou a estrutura do imóvel, o que impede a volta delas.

"Voltei apenas para tentar recuperar alguns itens que a enchente não levou, mas não posso morar na minha casa novamente. A água danificou pilares e rachou paredes, a estrutura está comprometida. Sinto medo que o imóvel possa desabar em cima de mim e da minha filha”, revelou a mulher.

Correio do Povo

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