quarta-feira, 26 de junho de 2024

Hospital Mãe de Deus supera momento de dificuldade causado por inundações em Porto Alegre

 Retomada ajuda a desafogar outras emergências da Capital

Emergência foi reaberta nesta semana 

A inundação em Porto Alegre exigiu esforços de praticamente todos os setores da sociedade. E prestando serviço de cunho essencial, os hospitais da Capital atingidos precisaram agir rápido para manter suas portas abertas.

Um dos casos mais emblemáticos envolvendo a área da Saúde ocorreu no Hospital Mãe de Deus. A instituição precisou remanejar profissionais e equipamentos, garantindo o atendimento à população.

A mobilização da casa de saúde começou no dia 2 de maio, quando o bairro Menino Deus começou a ser afetado pela cheia do Guaíba. Um comitê de crise foi criado para avaliar o avanço da água. Na sequência, no dia 3, veio a decisão de fechar a Emergência Geral, com entrada pela avenida José de Alencar.

Posteriormente, a dificuldade de acesso à instituição e os cortes de energia elétrica na região afetaram o atendimento em outros setores como maternidade, bloco cirúrgico e parte dos leitos de unidades de internação, do CTI e da Hemodinâmica. Geradores foram erguidos do chão e montados sobre carretas, com o objetivo de manter o fornecimento de energia para aparelhos de criogenia. E para que os pacientes não ficassem desassistidos, o hospital transferiu atendimentos para outras unidades, de acordo com a diretoria do Mãe de Deus.

Na última segunda-feira, além da Emergência Geral, bloco cirúrgico e parte dos leitos de unidades de internação, do CTI e da Hemodinâmica, foram reabertos na sede da José de Alencar. Segundo projeta a direção, o atendimento de todos os leitos dessas unidades será retomado em julho. Prosseguem também os trabalhos para a reabertura da maternidade.

A retomada ajuda a desafogar outras emergências da Capital. O Mãe de Deus detém um papel essencial no sistema de saúde privada da Capital, da Região Metropolitana e do Interior. A instituição, que completou 45 anos em 1º de junho, atende, em média, 1,5 mil pessoas por dia.

O processo de limpeza, desinfecção e restauração para a retomada na sede da José de Alencar se baseou em modelo de boas práticas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, da sigla em inglês), dos Estados Unidos, estabelecido para situações de enchentes como as ocorridas após a passagem do furacão Katrina nos EUA. Além de seguir protocolos da própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Correio do Povo

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