Presidente dos EUA revelou plano que pretende iniciar três fases para fim da guerra, com cessar-fogo de seis semanas
O Hamas afirmou, nesta sexta-feira, que a nova proposta israelense para um cessar-fogo na Faixa de Gaza é positiva, depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revelou seu conteúdo e pediu que o movimento islamita palestino a aceite, após quase oito meses de guerra. Em discurso na Casa Branca, Biden indicou que as diretrizes israelenses tinham sido transmitidas ao Hamas através do Catar, que atua como mediador.
Segundo Biden, o plano de três fases proposto por Israel começaria com uma trégua que incluiria a retirada das tropas israelenses das áreas povoadas de Gaza por seis semanas e a troca de alguns reféns mantidos pelo Hamas por presos palestinos. O cessar-fogo temporário poderia se tornar "permanente se o Hamas respeitar seus compromissos”, detalhou o presidente norte-americano.
A fase seguinte, explicou, incluiria a libertação de todos os reféns.O grupo islamista, que governa Gaza desde 2007, avalia 'de maneira positiva' os pontos apresentados por Biden sobre 'um cessar-fogo permanente, a retirada das forças israelenses de Gaza, a reconstrução e a troca de prisioneiros', conforme afirmou em um comunicado.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que espera que os últimos gestos 'levem a um acordo entre as partes para uma paz duradoura', informou seu porta-voz Stéphane Dujarric.O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou, contudo, que a guerra só vai terminar com a 'eliminação' política e militar do Hamas, que governa Gaza desde 2007.
O conflito eclodiu em 7 de outubro de 2023, quando comandos islamistas mataram 1.189 pessoas, a maioria civis, no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em informações oficiais israelenses. Os islamistas também sequestraram 252 pessoas. Israel afirma que 121 seguem como reféns em Gaza, das quais 37 teriam morrido. Em resposta ao ataque do Hamas, Israel prometeu 'aniquilar' o movimento e lançou uma ofensiva aérea e terrestre que já provocou 36.284 mortes em Gaza, segundo o Ministério de Saúde do território palestino.
AFP e Correio do Povo
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