Uma fonte financeira dos Correios revelou ao portal Mais Brasília (MB) na segunda-feira (3) que, a estatal não terá fundos suficientes para cobrir suas despesas a partir de junho de 2024, o que deve ampliar ainda mais o déficit da empresa.
“A despesa mensal dos Correios é de R$ 1,8 bilhão. Nosso caixa caiu para R$ 1,6 bilhão este mês. Ou seja, a partir deste mês já não temos dinheiro suficiente para cobrir nossas despesas mensais. O mês de maio deve fechar com um prejuízo de aproximadamente R$ 200 milhões, aumentando ainda mais o rombo dos Correios. Estamos muito preocupados, pois estamos chegando a um ponto sem retorno em relação ao nosso caixa. Os Correios são uma empresa robusta, mas se não forem bem geridos, podem quebrar rapidamente”, disse a fonte ao MB.
Enquanto isso, o balanço econômico-financeiro da empresa segue sem ser divulgado, pela “primeira vez na história dos Correios”.
Em relação à manutenção do sigilo, a estatal afirmou em nota que isso é um procedimento de praxe da instituição. No entanto, o Mais Brasília postou atas públicas dos Correios desde 2012, sem sigilo (vide aqui).
“Você [Mais Brasília] postou as atas e eles [a Presidência] negaram. Como podem insistir na mentira, mesmo com a ata publicada mostrando o sigilo da informação? É uma grande falta de habilidade. O presidente Fabiano está tentando esconder sua má gestão à frente dos Correios, colocando em risco 90 mil empregos diretos e 300 mil pessoas que dependem dos Correios, fora os empregos indiretos. Isso que está sendo feito não se faz nem em empresa privada”, explicou a fonte ao MB.
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Além da decisão da presidência dos Correios de não divulgar o balanço econômico-financeiro da empresa, outras empresas públicas já anunciaram seus respectivos demonstrativos financeiros, como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa, BNDES, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste.
“A questão do sigilo está ganhando força! Todos internamente estão falando que há muita coisa escondida. Todos querem que eles divulguem. Os empregados já estão na expectativa. Acredito que eles [a Presidência] estão com medo das manipulações que estão fazendo. Devem estar manipulando os números. Em 2022, fizeram uma arrumação nos números para dizer que houve prejuízo e colocar a culpa no governo do Bolsonaro”, comentou a fonte.
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