quarta-feira, 12 de junho de 2024

Conar determina mudança em campanha que alegava queda de audiência da TV aberta

 Conselho entendeu que as informações apresentadas induziam os telespectadores ao erro

Campanha terá que ser adequada para reexibição 

Uma campanha publicitária que apresentava números indicando uma suposta substituição da TV aberta no Brasil pela plataforma YouTube, deveráter sesu dados alterados por determinação do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária). As informações são do Portal R7.

A campanha, com o slogan “A TV do Brasileiro Mudou” destacava que um determinado canal da plataforma digital teve 25 milhões de usuários apenas no Campeonato Paulista de Futebol de 2024, o que teria configurado um “aumento de 122% da audiência média comparada ao ano de 2023″. A campanha também dizia que 70% da audiência estavam em TVs conectadas.

A campanha publicitária foi alvo de processo da Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) que questionou os dados apresentados, afirmando que o teor do anúncio apresentava dados que não refletem a realidade do mercado audiovisual brasileiro, distorcendo a realidade do consumo de TV aberta no Brasil.

A associação citou o Relatório Kantar Ibope de 2023, que revela que 74,3% do consumo total de vídeo no país é feito por meio da TV linear, enquanto 25,7% são via vídeo online, sendo 16% desse percentual relativo ao YouTube.

Na última semana, o Conar avaliou como procedente a representação da associação e recomendou a alteração do anúncio.

A decisão estipulou que, em caso de republicação da campanha, o anunciante modifique a mensagem para deixar claro que a mudança mencionada se refere especificamente à audiência do canal que transmitiu as partidas do Campeonato Paulista, e não aos números da TV de forma geral.

A relatora do caso no Conar afirmou que os dados fornecidos no anúncio não foram suficientes para sustentar a afirmação de que “a TV do brasileiro mudou”. Segundo ela, os dados apresentados confundem a mensagem e a informação para o público.

O R7 tentou contato com a empresa responsável pela propaganda. No entanto, até a publicação desta reportagem, não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

Correio do Povo

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