sexta-feira, 28 de junho de 2024

Como proteger a pele dos danos causados pelo frio

 Queda de temperaturas contribui para danificar a camada de proteção da pele



Com a chegada do inverno, a queda de temperaturas se intensifica e, com isso, aparecem com mais frequência as reações alérgicas, incluindo as de pele.

O frio contribui para a danificação da camada de proteção dérmica, principalmente em períodos de pouca umidade. De acordo com a esteticista Keslei Zen, professora do curso de Estética e Cosmética da Fadergs, quando essas condições coincidem, todo tipo de pele tende a sofrer reações adversas.

“A redução na barreira protetora deixa qualquer pessoa propensa a perder a hidratação natural, causando ressecamento e, em casos mais sérios, aumentando a incidência de doenças da pele, casos de dermatites e crises alérgicas”, explica.

Pensando em como se preparar para enfrentar o frio mantendo a pele saudável, a professora destaca a importância de haver uma indicação profissional de produtos adequados a cada pele. “A melhor ação que se pode fazer no início do inverno é consultar um esteticista cosmetólogo ou um dermatologista, para avaliar o que sua pele necessita repor de ativos e quais os tipos de hidratantes são mais apropriados”, orienta.

O que usar?

Para saber qual versão de dermocosmético é a ideal para cada pessoa e área do corpo, a análise especializada sobre o tipo de pele é fundamental. Quem apresenta oleosidade, mesmo nessa época do ano, deve priorizar o uso de produtos mais fluidos e leves, como gel ou sérum. Já para as peles neutras a secas, é mais indicado as texturas em creme ou as mais densas, como manteiga corporal, produtos hidratantes à base de manteiga vegetal.

Entre as áreas que precisam de mais atenção na hora da hidratação estão as mãos, que são frequentemente expostas a produtos químicos, e as regiões de pele mais espessas, como cotovelos, joelhos e a sola do pé.

“A área das mãos é bem importante para hidratar com produtos apropriados, principalmente para quem tem o hábito de passar álcool para higienizá-la regularmente”, explica a especialista, salientando que mesmo a versão em gel do desinfetante tem um poder intenso de ressecamento. “Já para as áreas de pele mais grossa, o mais indicado são hidratantes densos”, reforça.

Outro aliado indispensável ao longo de todo ano é o protetor solar, “Além de proteger de patologias, como câncer de pele, o bloqueador de raios UV acaba ajudando a manter a barreira cutânea mais íntegra e saudável”, aponta. Assim como o hidratante, é preciso se atentar ao tipo certo para cada pessoa e cada área a ser protegida.

Independentemente das características de cada pele, alguns hábitos e produtos são recomendados para todos os tipos. Entre os dermocosméticos, a esteticista ressalta que o borrifador facial de água termal é válido para todas as peles e ajuda em vários aspectos.

“Um produto que serve como coringa, beneficiando a todos, é a água termal, que é importante para repor sais minerais, hidratar, purificar e acalmar irritações da pele.”

Proteção além dos dermocosméticos

Bons hábitos também devem estar na prescrição de cuidados essenciais para a qualidade da derme, já que a aparência da pele tende a ser o reflexo do estado geral de saúde. Entre as ações preventivas dos danos causados pelo frio, fatores como alimentação balanceada, boa qualidade de sono e hidratação por ingestão de água devem ser prioridade.

Já um desafio que é particularmente mais difícil durante os períodos de frio é evitar tomar banho com água muito quente e comer comidas apimentadas ou de temperaturas mais altas. No primeiro caso, a especialista ressalta que a água acima dos 30ºC acelera a danificação da barreira de proteção da pele, dificultando o combate ao ressecamento.

Uma dica para driblar o conflito entre um banho quente e uma pele prejudicada é lavar o rosto com água em temperatura ambiente antes de ir para o chuveiro, evitando expor essa região do corpo, que é uma das mais sensíveis.

Já o hábito de ingerir alimentos picantes é uma proibição especialmente para quem tem doenças dermatológicas crônicas, como a rosácea, patologia comum tanto a peles secas quanto oleosas. “Rosácea é uma doença inflamatória de intensidade variada e sem cura, apenas controle, que pode ser agravada por reações à ingestão de alimentos picantes e/ou bebidas alcoólicas”, aponta.

Correio do Povo

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