Brigada Militar cumpre reintegração administrativa de prédio da Ocupação Sarah Domingues
A antiga sede da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessle (Fepam), na rua Júlio de Castilhos, 440, no Centro Histórico de Porto Alegre, foi invadida na tarde de sábado por cerca de 100 famílias atingidas pelas enchentes. A invasão liderada pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), recebeu o nome de Ocupação do MLB Sarah Domingues, em homenagem à estudante de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), assassinada em janeiro na Ilha das Flores, enquanto realizava seu trabalho de TCC relacionado às enchentes no bairro Arquipélago, na Capital.
“O MLB ocupou para mostrar à sociedade que existem milhares de imóveis públicos que não tem nenhuma função social e devem ser destinados para moradia popular. A ocupação é uma forma de organização coletiva fundamental para as famílias que perderam tudo nas enchentes. Lutamos pelo mesmo sonho que Sarah lutou na vida, uma sociedade sem desigualdades sociais, onde todas as pessoas têm teto para morar e viver dignamente”, afirmou o coordenador do MLB, Luciano Schafer.
Durante a madrugada deste domingo, policiais militares isolaram a área e negociaram uma saída espontânea do prédio, para reintegração administrativa por parte do governo do Estado. Os invasores se recusaram a sair, montando vigília na entrada do edifício e chamando por apoio para um protesto contra a intervenção policial, a partir das 12h, prazo final dado pelos policiais militares para a saída pacífica.
No final da manhã, chegou o efetivo do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), que deu início ao esvaziamento do prédio. Os PMs precisaram arrombar a porta de acesso ao prédio e e realizaram a retirada dos invasores que foram levados até a Avenida Mauá, com manifestações de ativistas e apoiadores que permaneceram no local.
Correio do Povo
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