sábado, 18 de maio de 2024

Municípios começam a enviar planos de reconstrução ao governo federal

 “Recomendamos que os prefeitos enviem projetos parciais para que possamos ir liberando os recursos o quanto antes”, disse o ministro Waldez Goés



O ministro Paulo Pimenta, nomeado por Lula para o ministério especial de Reconstrução do RS, e o ministro Waldez Goés, do Desenvolvimento Regional, junto ao secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, participaram de uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira, às 14h, na sede da Caixa Econômica Federal, na Av. Independência, em Porto Alegre. Na ocasião eles detalharam as ações do Governo Federal em apoio ao Rio Grande do Sul após as enchentes que atingiram quase 90% dos municípios gaúchos.

No início da coletiva, Pimenta ressaltou que se reunirá com o presidente Lula nesta sexta-feira para definir como será o processo de cadastro das famílias que receberão o Auxílio Reconstrução anunciado pelo Governo Federal nesta semana. “Hoje haverá uma reunião com o presidente Lula onde será tratado sobre o cadastramento das famílias para recebimento do auxílio de R$ 5.100 reais”, afirmou.

Ainda de acordo com Pimenta, nesta quarta-feira o ministério da Reconstrução promoveu uma reunião com todos os municípios atingidos pelas enchentes para tratar sobre os projetos de reconstrução das cidades. O ministro afirmou que o Governo Federal está prestando assessoria às prefeituras para elaboração destes planejamentos. Os documentos devem indicar todos as necessidades específicas do município, incluindo equipamentos e pessoal necessários para a reconstrução. Com este material em mãos o Governo Federal avaliará a proposta e liberará os recursos com agilidade.

“Já aprovamos 277 planos enviados pelas prefeituras”, afirmou Pimenta. A maioria dos projetos solicitam recursos para ajuda humanitária e 75 seriam para restabelecimento de serviços à população.

Recomendamos que os prefeitos enviem projetos parciais para que possamos ir liberando os recursos o quanto antes” , complementou Waldez Goés, do Desenvolvimento Regional.

Outro anúncio importante feito pelos ministros foi o envio de 27 bombas de drenagem de água para o RS, a princípio para bombear água de áreas alagadas na Capital e região metropolitana. Essa é uma ação coordenada com prefeituras de outros Estados, que estão doando bombas ao Rio Grande do Sul.
“Estamos trabalhando para trazer 18 bombas da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). Ontem o ministro Waldez conseguiu 8 bombas do Ceará, utilizadas na transposição do rio São Francisco e mais 1 que virá de Alagoas”, relatou Pimenta. Segundo ele, o ministério ainda vai conseguir outras bombas.

Segundo o ministro, duas bombas chegaram ontem ao Estado e outras quatro devem chegar nesta sexta-feira. “Parte delas estão vindo pelo meio rodoviária e parte delas de avião, pela força aérea. Precisamos tirar a água que está sobre os diques e fechar os diques”, ressaltou Pimenta. “Bombear a água e fazer a limpeza vai nos ajudar a precificar a reconstrução”, complementou Goés.

Conforme Pimenta, as prioridades agora são retirar a água represada na zona urbana, garantir condições nos abrigos temporários e iniciar processo de limpeza das cidades onde for possível.

“Num segundo momento, o presidente Lula já determinou isso, o governo federal quer fazer a modernização dos sistemas de bombas. Existem projetos importantes da época da presidente Dilma para a região do Rio Grande do Sul, Alvorada, região do Vale dos Sinos”, adiantou Pimenta. O sistema de diques também farão parte do escopo de estudos do governo federal. Segundo o secretário, “certamente, os diques terão que ser elevados”, e melhorias terão de ser feitas nos sistemas de proteção das cidades da Região Metropolitana, que contam com as estruturas. O objetivo central é modernizar e melhorar o que já se tem.

Pimenta afirmou ainda que o ministério está atento e reforçará o apoio aos abrigos temporários. "Chega uma hora que aquelas doações começaram a diminuir. Muitos tem água, mas não tem comida, não tem gás. Tem uma logística muito importante para nós que é pensar num sistema de abastecimento para essa rede formal de abrigos e também informal”, reconheceu.

Durante a coletiva, o secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, ressaltou o envio de 13 milhões e 12 mil reais para a reconstrução da enfermaria de retaguarda do Hospital São Lucas da PUCRS, outros 7 milhões enviados ao Hospital do Parobé e 13 milhões enviados ao Hospital de Caxias para obras de reparação. O Ministério da Saúde já mobilizou mais de 36 milhões em portarias para 497 municípios.

Correio do Povo

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