Traficantes retiraram as drogas de um local inundado e material foi localizado pela Polícia Civil durante um patrulhamento náutico na cidade
Enquanto Canoas vive o caos de ter mais da metade de seus moradores fora de suas casas por conta do território inundado, a criminalidade se movimenta para tentar a perda de substâncias ilícitas que seriam vendidas por traficantes. Um dos locais escolhidos para armazenar drogas foi descoberto pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil, na madrugada desta sexta-feira.
O flagrante ocorreu durante um patrulhamento náutico coordenado pelos delegados Gabriel Borges e Ana Flávia e Adriano Nonnemacher, com participação de várias delegacias que atuam na cidade desde o início das enchentes. Na ação, uma grande quantidade de drogas foi localizada no bairro Mato Grande.
Segundo o delegado Borges, as rondas ostensivas da Policia Civil foram estabelecidas após a catástrofe que assola o Estado, para garantir a manutenção da ordem pública nas localidades afetadas. Durante o patrulhamento, os policiais civis receberam a informação de que grande quantidade de entorpecentes estava sendo retirado do bairro Mathias Velho para ser armazenado no bairro Mato Grande, ambos severamente atingidos pelo temporal. A informação era de que o entorpecente seria armazenado num apartamento para, depois, ser distribuído na cidade.
A droga foi transportada em embarcações e deixada dentro de uma caixa d’água, em meio a uma vegetação, já no bairro Mato Grande. Um segundo grupo de traficantes, da mesma facção, buscaria o entorpecentes, também em uma embarcação, e esconderia em um apartamento no bairro Mato Grande.
Antes do transporte da droga, a polícia conseguiu identificar que a caixa d’água que escondia o entorpecente. As drogas estavam armazenadas dentro de uma caixa térmica para evitar que fossem molhadas, além de estarem bem acondicionadas para não umedecerem.
Os policiais apreenderam 11 quilos de cocaina, com valor de mercado estimado em 350 mil reais.
Essa droga tinha como objetivo obter dinheiro para a reestruturar as perdas que os narcotraficantes tiveram com as enchentes.
A investigação prossegue para responsabilizar os membros da organização criminosa que atua na região.
Correio do Povo
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