segunda-feira, 20 de maio de 2024

Itapuã tem 38 pessoas abrigadas em escola, e comunidade pede ajuda para recomeçar

 Doações de colchões e alimentos é necessidade urgente para os que vivem no distrito de Viamão; mais de 150 moradias atingidas pela cheia do rio Guaíba

Abrigo precisa de doações de alimentos, roupas de cama e colchões 

Com um rastelo, a Gabriela Torres puxa galhos, pedras e outros materiais trazidos até a praça central de Itapuã pela água. De imediato, o Dângeles Vieira recolhe com um carrinho e leva a sujeira para uma retroescavadeira da prefeitura. Os dois são voluntários na recuperação do bucólico distrito de Viamão, lar de pescadores à beira do rio  Guaíba, e que, portanto, sofre como talvez nunca antes com a cheia histórica.

“Essa é a ideia: aproveitar o domingo pra ajudar onde dá”, Gabriela. Ela e o Dângeles são proprietários de um camping na Praia das Pombas, ao lado do Parque Estadual de Itapuã. Por lá, a água ainda vai demorar a baixar. “Já que não podemos estar lá, aqui estamos, contribuindo pela prainha”, completou.

A cidade vizinha de Porto Alegre abriga hoje, de acordo com a administração do município, cerca de 3 mil pessoas vindas de diferentes regiões do Estado após as chuvas devastadoras deste mês. Pelo menos 150 residências foram afetadas em Itapuã, sendo que 38 pessoas estão fora de suas casas. Este grupo está abrigado na EMEI Odete Bernardes, onde voluntários pedem doações de alimentos, colchões e itens de limpeza.

“Chegamos a ter 60 abrigados, recebemos muitas doações no início, mas estamos com poucos alimentos. Precisamos de doações de colchões e roupas de cama, pois estas pessoas vão precisar quando puderem voltar para suas casas”, afirmou Luiz Augusto, um dos coordenadores da EMEI. No espaço também estão funcionando a subprefeitura e a unidade de saúde do distrito, afetadas pela cheia.

Correio do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário