Alta de crimes durante a cheia faz com que moradores evitem deixar residências na Capital
Saques e arrombamentos fazem com que moradores de regiões alagadas evitem sair de casa em Porto Alegre. Mesmo estando ilhados, eles defendem que permanecer nas residências é uma forma de evitar a ação de bandidos.
Um exemplo disso ocorre no bairro Navegantes, na zona Norte, onde moram Eloir Teresinha Zílio e Valdir Sostisso, de 59 e 48 anos, respectivamente. O casal de empresários permanece nos andares superiores de um prédio desde o início da enchente, determinado a proteger o imóvel.
Valdir conta que os saques costumam ocorrer durante a madrugada. Por isso, ele adquiriu o habito de dormir de dia e ficar acordado no turno da noite, com uma lanterna na escuridão.
"Os ladrões geralmente utilizam barcos sem motor, porque as embarcações movidas a combustível acabam chamando atenção por causa do barulho”, disse o empresário.
Valdir e a esposa se mantêm com donativos de amigos, que se revezam em barcos para fazer entregas de alimentos, remédios e outros itens essenciais. “Ficar em casa é a única forma de impedir que nos roubem. Criminosos estão invadindo todas as residências do bairro que estão vazias. Não vamos sair, até que o nível da água reduza”, enfatizou.
Correio do Povo
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