Levantamento preliminar do setor aponta devastação de planteis, aviários e material genético, além de danos a indústrias, fábricas de ração e supermercados
Enchentes mataram 644 mil pintos de corte no RSA catástrofe climática que vive do Rio Grande do Sul já resultou em um prejuízo de R$ 182,9 milhões à avicultura gaúcha. O dado provém de levantamento preliminar da Organização Avícola do Rio Grande do Sul (O.A.RS) e suas entidades Asgav (Associação Gaúcha de Avicultura) e Sipargs (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Rio Grande do Sul) divulgado nesta segunda-feira, dia 20.
O primeiro diagnóstico divulgado pela entidade após a tragédia aponta que foram perdidas 279 mil aves de corte e 150 mil exemplares de poedeiras. O número chega a 644 mil pintos de corte, 722,5 mil ovos férteis e 120,2 mil matrizes perdidas. Também foram por água literalmente abaixo 2,8 mil avós, 300 mil pintos de corte caipira e 100 mil pintos de postura caipira. Em produção, estavam ainda 258,8 mil ovos e 266,9 unidades em eclosão de pintos.
Realizado entre os dias 5 e 20 de maio, o levantamento apresenta danos ou perdas em 20 aviários, bem como em equipamentos, comedouros, bebedouros e ninhos. Houve inundações em fábricas de rações e em indústrias de processamento de alimentos. Quatro frigoríficos paralisaram as atividades, com avarias em equipamentos, motores, rede elétrica, tubulações, geradores e caixas d’água.
“É impactante! São prejuízos que vão alterar o cenário de produção, o mercado, o investimento no setor. Um prejuízo desta magnitude, mesmo com dados ainda preliminares, preocupa muito. Precisamos dar o sustento financeiro e econômico para que essas indústrias e produtores possam se recuperar”, salienta o presidente da Asgav, José Eduardo dos Santos.
As indústrias indicam que as consequências da terceira enchente em menos de um ano, especialmente no Vale do Taquari, atingem clientes como minimercados, mercados e supermercados, que estão sem estoque e não têm capacidade financeira pagar as dívidas de curto prazo. Há ainda perda de caminhões, estoques de embalagens e de ração.
“É importante que todos os recursos federais e estaduais aconteçam de forma rápida e efetiva, sem processos burocráticos e entraves, porque a situação requer um ato de coragem e justiça por parte dos governantes ao fazer um atendimento atípico para socorrer esse setor que tanto contribui para a economia do Estado e do País”, finaliza o dirigente.
Correio do Povo
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