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quarta-feira, 1 de maio de 2024

Em torno de 10 indígenas são retirados de margem da BR-290 e alojados em escola municipal de Eldorado do Sul

 Defesa Civil do município está levando mantimentos aos desabrigados

Pelo menos 10 indígenas ficaram desabrigados após enchente na encosta da BR-290. 

Parte do asfalto da BR-290 foi levado pela chuva na altura de Eldorado do Sul, no Km 132, nesta terça-feira. A cratera interrompeu totalmente o tráfego no trecho, inviabilizando o acesso a cidades como Arroio dos Ratos, São Jerônimo, Butiá, Pantano Grande, Cachoeira do Sul e Santa Maria. Desvios estão sendo feitos pelas estradas RS 401 e BR 470, mas a última não possui pavimentação.

A chuva também atingiu comunidades indígenas que vivem na encosta da BR-290. Equipes da Defesa Civil e dos Bombeiros de Eldorado do Sul ajudaram a remover cerca de 10 indígenas que estavam no local de risco. Eles foram deslocados para o ginásio de uma escola municipal, onde estão recebendo mantimentos da Defesa Civil.

Stevan, um dos indígenas abrigados na E.M.E.F. Octávio Gomes Duarte, disse que ele e os demais perderam tudo na enchente e aceitam doações, como roupas, pratos e outros utensílios.


A rodovia está funcionando em meia pista na altura de Pantano Grande. Segundo a prefeitura de Butiá, o DNIT solicitou às empresas responsáveis pelas obras de duplicação na BR-290 que realizem os reparos no trecho interditado. Ainda de acordo com o prefeito do município, Daniel Almeida, ambas as empresas já estão no local realizando trabalhos de desobstrução da pista.

De acordo com relatos de moradores, as linhas de ônibus intermunicipais para Butiá e região estão interrompidas, de forma que as pessoas não conseguem sair ou voltar para suas cidades. Até o momento a equipe de reportagem do Correio do Povo não conseguiu contato com a Rodoviária de Porto Alegre ou com as empresas administradoras das linhas de ônibus para averiguar as informações.

Em Butiá, a prefeitura informou que vai decretar situação de calamidade. Pelo menos 20 casas estão alagadas e a Defesa Civil teme a cheia do Rio Jacuí. O prefeito deixou um ginásio à disposição para casos de emergência, mas até o momento as famílias não quiseram deixar suas casas por medo de furtos.

“A situação é preocupante por conta das águas que estão vindo lá de cima. Na realidade, nas comunidades ribeirinhas a água já está enchendo”, lamentou o vice-prefeito de São Jerônimo, Julio Cesar Prates Cunha.

Correio do Povo

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