Lou Conter era um oficial de 20 anos quando ajudou a resgatar seus colegas da Marinha em 7 de dezembro de 1941
Lou Conter, o último sobrevivente do USS Arizona, o encouraçado que afundou depois do ataque japonês à base americana de Pearl Harbor, faleceu aos 102 anos, informou, nesta segunda-feira, a instituição de caridade que homenageia as vítimas do bombardeio. Conter era um oficial de 20 anos quando ajudou a resgatar seus colegas da Marinha em 7 de dezembro de 1941, depois que a frota dos Estados Unidos no Pacífico foi alvo do ataque surpresa. O bombardeio, que empurrou os Estados Unidos para a Segunda Guerra Mundial, danificou ou destruiu a maior parte da frota na base naval do Havaí e matou mais de 2.000 americanos.
Mais de 1.100 pessoas a bordo do USS Arizona faleceram. Muitos dos corpos ainda estão dentro da embarcação afundada. 'Esta é uma perda comovente', disse Aileen Utterdyke, presidente e diretora-executiva da Pacific Historic Parks, a organização sem fins lucrativos que homenageia os mortos no ataque.'Lou Conter personificou o que significava pertencer à Geração Grandiosa, americanos cujo valor coletivo, conquistas e sacrifícios salvaram o nosso país da tirania', acrescentou.
'Ele teve uma carreira exemplar na Marinha e foi firme em implorar às escolas, aos pais e aos americanos comuns que sempre se lembrassem de Pearl Harbor', concluiu. A Pacific Historic Parks detalhou em sua página no Facebook que Conter faleceu nesta segunda-feira em sua residência em Grass Valley, Califórnia, acompanhado por sua família.
Conter se tornou piloto na Segunda Guerra Mundial e foi derrubado duas vezes, inclusive em frente à costa de Nova Guiné, onde ele e sua tripulação desembarcaram em águas infestadas de tubarões. Como oficial de inteligência, voou em missões de combate na Coreia e criou o primeiro programa SERE (Sobrevivência, Evasão, Resistência e Extração) da Marinha, que ensina a sobreviver e 'retornar com honra' em cenários de sobrevivência. Foi assessor militar dos presidentes Dwight D. Eisenhower, John F. Kennedy e Lyndon B. Johnson.
AFP e Correio do Povo
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