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terça-feira, 30 de abril de 2024

Brasil e EUA defendem colaboração frente a “número histórico de migrantes”

 Países divulgaram comunicado conjunto após seu primeiro diálogo bilateral sobre políticas migratórias

Brasil e EUA defendem colaboração frente a “número histórico de migrantes” 

Os países devem colaborar diante “do número histórico" de migrantes, porque ninguém pode enfrentá-lo sozinho, sugeriram Brasil e Estados Unidos nesta segunda-feira, em Washington, após seu primeiro diálogo bilateral sobre políticas migratórias, segundo um comunicado conjunto divulgado pelo Departamento de Estado. A imigração se tornou um tema central da campanha para as eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos, que serão disputadas pelo presidente democrata Joe Biden e por seu antecessor republicano Donald Trump. Esse último ameaça expulsar em massa os imigrantes se retornar à Casa Branca.

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden defendem uma abordagem diferente. O diálogo sobre a migração “destacou os objetivos comuns dos nossos países de promover o acesso à proteção internacional e à migração segura, ordenada, humana e regular”, destaca o comunicado.

“O número histórico de pessoas em movimento' nas Américas 'requer parceria e colaboração contínuas”, porque “nenhum país pode enfrentar sozinho os desafios e oportunidades da migração e proteção” dos refugiados, acrescenta o texto.

A patrulha fronteiriça americana interceptou em março 189.372 vezes imigrantes e solicitantes de asilo, a maioria latinos, que cruzaram ilegalmente a fronteira com o México, segundo dados oficiais. Desde outubro, quando teve início o ano fiscal nos Estados Unidos, foram mais de 1,3 milhão de interceptações.

O Brasil, maior economia da América Latina, tornou-se nos últimos anos um destino frequente dos haitianos que fogem da explosão de violência causada por grupos criminosos, alimentada por uma longa crise humanitária e de segurança. Além disso, desde 2018 o Brasil acolheu mais de 500 mil imigrantes venezuelanos. Brasil e Estados Unidos se comprometem no comunicado a manter a colaboração e o diálogo sobre 'essa prioridade política'.

AFP e Correio do Povo

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