Brasil anunciou que acompanha com “preocupação” o processo eleitoral na Venezuela
Ministério das Relações Exteriores "repudia o comunicado medíocre e intervencionista [...] que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos", diz comunicado do chanceler venezuelanoA Venezuela classificou, nesta terça-feira, 26, como “intervencionista” a preocupação manifestada por dois governos aliados do presidente Nicolás Maduro, Brasil e Colômbia, pelas restrições à inscrição de candidatos da oposição para as eleições presidenciais de 28 de julho.
O Ministério das Relações Exteriores "repudia o comunicado medíocre e intervencionista, redigido por funcionários da chancelaria brasileira, que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos", segundo um comunicado divulgado pelo chanceler venezuelano, Yvan Gil, que anteriormente acusou o Ministério das Relações Exteriores colombiano de dar "um passo em falso" e cometer "um ato de grosseira ingerência".
Relembre o caso
O governo brasileiro declarou, nesta terça-feira, 26, que acompanha com “preocupação” o desenrolar do processo eleitoral na Venezuela depois que a coalizão opositora foi impedida de inscrever sua candidata.
Confira a íntegra da nota piblicada pelo Itamaraty
Esgotado o prazo de registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas, na noite de ontem, 25/3, o governo brasileiro acompanha com expectativa e preocupação o desenrolar do processo eleitoral naquele país.
Com base nas informações disponíveis, observa que a candidata indicada pela Plataforma Unitaria, força política de oposição, e sobre a qual não pairavam decisões judiciais, foi impedida de registrar-se, o que não é compatível com os acordos de Barbados. O impedimento não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial.
Onze candidatos ligados a correntes de oposição lograram o registro. Entre eles, inclui-se o atual governador de Zulia, também integrante da Plataforma Unitaria.
O Brasil está pronto para, em conjunto com outros membros da comunidade internacional, cooperar para que o pleito anunciado para 28 de julho constitua um passo firme para que a vida política se normalize e a democracia se fortaleça na Venezuela, país vizinho e amigo do Brasil.
O Brasil reitera seu repúdio a quaisquer tipos de sanção que, além de ilegais, apenas contribuem para isolar a Venezuela e aumentar o sofrimento do seu povo.
AFP e Correio do Povo
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