sexta-feira, 29 de março de 2024

Premiê apresenta novo governo em um contexto de incertezas em Portugal

 Nesta quinta, o premiê enviou sua lista de 17 ministros ao presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa



O novo primeiro-ministro português, Luis Montenegro, apresentou, nesta quinta-feira, os 17 membros de seu governo, depois que sua coalizão de centro direita conseguiu se impor em um Parlamento muito dividido. O advogado, de 51 anos, foi encarregado de formar um governo após vencer as eleições legislativas de 10 de março por uma margem apertada.

No pleito, a Aliança Democrática (AD), de centro direita, foi a mais votada, seguida do Partido Socialista e, em seguida, do partido Chega, de extrema direita. Os resultados não permitiram ao partido de Montenegro formar maioria absoluta de pelo menos 116 legisladores e o dirigente descartou formar alianças com o apoio da extrema direita.

Nesta quinta, o premiê enviou sua lista de 17 ministros ao presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e deixou o palácio presidencial sem dar declarações. A lista inclui políticos experientes em cargos importantes como o Ministério das Finanças, da Economia e das Relações Exteriores, segundo um comunicado divulgado pelo gabinete presidencial.

O eurodeputado Paulo Rangel será o novo chefe da diplomacia portuguesa e Joaquim Miranda Sarmento, ex-presidente do grupo parlamentar do partido de Montenegro, assumirá a pasta das Finanças. Pedro Reis, que dirigiu a agência para a promoção de exportações e investimentos estrangeiros, chefiará o Ministério da Economia. O governo minoritário de Montenegro, que inclui sete mulheres, assumirá o poder na próxima terça-feira, pondo fim a oito anos de governo socialista.

Durante vários dias, o Parlamento, muito dividido, foi incapaz de eleger um presidente. Por fim, conseguiu-se um acordo na quarta-feira para repartir a presidência entre os dois principais partidos. Na frente econômica e financeira, no entanto, o novo governo se beneficiará de um clima econômico mais positivo. O país herda um superávit orçamentário de 1,2% do PIB, o segundo superávit anual desde que Portugal recuperou a democracia em 1974.

AFP e Correio do Povo

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