Ponto de encontro de moradores, local reúne mais de 180 bancas de artesanato, além de antiguidades, artes plásticas e gastronomia
Brique reúne mais de 250 bancas de artesanato, antiguidades, artes plásticas e gastronomiaIndissociável da história de Porto Alegre, o Brique da Redenção está no imaginário de muitos moradores que buscam itens antigos e opções de qualidade em alimentação na cidade. Hoje, o brique, na avenida José Bonifácio, celebrou 46 anos de fundação em grande estilo, com a já tradicional presença de milhares de pessoas, como ocorre todos os domingos. Um palco foi montado, e nele se apresentaram artistas locais em celebração à data. A comemoração integra o calendário de aniversário da própria cidade, que celebra 252 anos nesta terça-feira.
Patrimônio Cultural do Estado desde 2005, o brique atualmente reúne mais de 180 bancas de artesanato, 66 de antiguidades, 26 de artes plásticas e seis de gastronomia, segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SMDET). “Frequento o brique desde 1982, e tenho a satisfação de trabalhar aqui. Já desde aquela época, me apaixonei por antiguidades e aquilo me acompanhou a vida toda”, comentou a presidente da Comissão Deliberativa dos expositores de antiquários do Brique da Redenção, Renita Stieler.
“Aqui é um local de fazer amigos, de mostrar estas preciosidades que fazem parte da vida das pessoas. Somos curadores da história de vida de muitas gerações. O Brique é a passarela democrática da cidade”, acrescentou. O diretor administrativo-financeiro da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (SMCEC), Eduardo Baldasso, esteve presente no evento também como uma forma de honrar a memória da família, já que ele é sobrinho-neto do destacado artesão Arthur Guarisse, um dos idealizadores da ação no parque, e falecido em 2016.
“Muitos dizem que este foi um dos grandes legados que ele deixou, porque oportuniza cada vez mais aos visitantes a conhecerem o trabalho de outras pessoas. O Brique é, talvez, do estado todo, o ponto mais tradicional aos domingos. É um lugar de passeio e envolvimento das famílias”, pontuou Baldasso. Um dos expositores mais antigos do brique, José Jorge Lima Farias, 92 anos, também esteve na celebração, junto a dois dos filhos, Denise Farias Mansur e Ernani Farias.
“É um sentimento muito bom estar presente. A cultura é muito bem valorizada aqui, e sei a história de cada peça antiga que está aqui. O brique está se desenvolvendo cada vez mais”, disse José, que, lúcido, afirma relembrar de diversas histórias relacionadas ao evento. O bancário Luis Fabiano Moura passou pelo local com a esposa, a diarista Luciani Lombarde. Ambos são moradores do bairro Cavalhada, na zona Sul de Porto Alegre. “Pelo menos uma vez por mês viemos aqui, e gostamos muito dos itens comercializados. Encontramos muitas boas relíquias”, comentou ele.
Campanha foi lançada para arrecadar fundos ao HPS
Além da celebração, também houve o lançamento da campanha de arrecadação de fundos para auxiliar na expansão do Hospital de Pronto Socorro (HPS), que completa 80 anos em 2024. “Temos esta necessidade de recursos além do poder público, e a importância do HPS é inquestionável. O hospital é uma referência, não apenas para Porto Alegre, mas todo o estado. Já há uma área adquirida, vizinha aos fundos do hospital, para esta ampliação, e acredito que nossos objetivos serão atingidos”, disse o presidente da Fundação Pró-HPS, Humberto Luiz Ruga. Conforme ele, será criado um site para a comunidade obter mais informações de como ajudar.
Correio do Povo
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