Dia deve registrar o segundo maior volume de vendas do ano, atrás apenas do Natal
Aos que deixaram a compra dos presentes desta Páscoa para a última hora, foi preciso contentar-se com o que restou. Parreiras e prateleiras quase vazias, filas e até saldão de chocolates foi a tônica do sábado na maioria das lojas do a Centro de Porto Alegre.
A caça aos ovos transformou-se em barras e caixas de bombons para a dona de casa Elisângela Knack Porto, 29 anos. A moradora da Restinga acordou cedo, antes das 7h, para tentar a sorte em busca de promoções, mas não gostou do que encontrou. “Só achei ovos grandes, que são mais caros, ou quebrados. Aí tem que chamar o gerente para dar desconto, e que nem é tão bom assim, daí acabei ficando com barras e bombons, que são mais baratos”, contou Elisângela, resumindo a saga.
Para a contadora Janaína Almeida Nascimento, a oferta de produtos não foi o problema, e sim os preços. “Aqui onde eu compro não baixou nada em comparação com o início da semana”, entende a moradora do Centro Histórico.
Em lojas com preços mais populares, o problema foi as filas. A aposentada Eva Vieira, 65 anos, veio de Alvorada comprar os presentes dos netos no centro da Capital. Chegou por volta das 10h e demorou 40 minutos para conseguir entrar na loja. “Muita fila, mas encontrei o que queria, tem muita coisa com desconto”, comemorou a idosa.
E teve aqueles que buscaram alternativas ao chocolate. O motorista Flávio Riseck, 39 anos, optou por presentear os filhos com brinquedos. “Não tinha pensado em nada ainda, também não tinha recebido o salário. Aí estava indo tomar café e vi uns carrinhos miniaturas e gostei, o preço tá bacana”, afirmou o morador do bairro Partenon ao sair da farmácia onde encontrou a lembrança de Páscoa.
Neste sábado, a preocupação também é com o almoço do domingo de Páscoa. O Mercado Público, no Centro Histórico de Porto Alegre, recebeu um número considerável de consumidores em busca dos ingredientes da ceia. Segundo o vice-presidente da Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), Jefferson Sauer, a expectativa de vendas para toda a Semana Santa “iguais ou um pouco maiores” do que o ano passado, embora os números ainda não estejam consolidados.
Conforme a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), neste ano, houve uma antecipação das compras da Páscoa, que antecede o dia de pagamento dos salários. Ainda assim, os supermercados gaúchos deverão registrar um crescimento de vendas da ordem de 3% em relação a Páscoa de 2023. “Venderam cerca de 65% dos estoques até o final da quinta-feira, e os 35% de itens restantes serão comercializados nestes três últimos dias”, avaliou o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo.
Páscoa - Movimento no Comércio | Foto: Fabiano do Amaral
Ainda de acordo com a entidade, a véspera do domingo de Páscoa deve registrar o segundo maior volume de vendas do ano, ficando atrás apenas do Natal, e a caixa de bombom foi item mais vendido nos supermercados gaúchos neste sábado.
Correio do Povo
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