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sexta-feira, 29 de março de 2024

Médicos do plantão obstétrico do Hospital de Tramandaí anunciam paralisação por falta de condições de trabalho

 Atualmente o único hospital Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal atendendo quatro cidades


Devido à falta de condições de trabalho no Hospital Tramandaí, os médicos que atuam no plantão obstétrico vão suspender as atividades a partir do primeiro dia do mês de abril, caso não sejam apresentadas propostas de melhorias por parte da gestão até o final de março. O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) já encaminhou ofício à Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV) informando da paralisação, incluindo um relato sobre a precariedade vivenciada pelos mais de 40 profissionais contratados para a prestação de serviços. Hoje, o hospital é referência para 75 mil pessoas no Litoral Norte, incluindo Tramandaí, Balneário Pinhal, Imbé e Cidreira.

O documento também foi enviado ao Ministério Público do RS, Secretarias de Saúde do Estado e do Município, 18ª Coordenadoria Regional da Saúde, Prefeitura e Câmara Municipal de Tramandaí. A diretora do Simers, Gabriela Schuster, explica que a decisão foi tomada pelos médicos em Assembleia Geral Extraordinária, após reuniões com a FHGV para apresentar as demandas dos obstetras, que vão desde atrasos nas remunerações até a falta de materiais, insumos e medicamentos. Como, por exemplo, a carência de campo cirúrgico, que serve para proteger os pacientes durante os procedimentos e evitar contaminações causadas por respingos de sangue e fluidos.

Para a diretora do Sindicato Médico, os problemas prejudicam não somente os médicos, mas, também, a população atendida no hospital. “Todo mundo acaba sendo prejudicado com a falta de condições mínimas de trabalho, não só os profissionais. O Simers já vinha alertando sobre a possível tomada de decisão e seguirá atuando na defesa e melhoria da categoria”, diz Gabriela.

Hoje, o Hospital Tramandaí é o único hospital com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal na região, além de ser referência em Gestação de Alto Risco para os 23 municípios do Litoral Norte.

Sob supervisão de Luciamem Winck

Correio do Povo

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