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quinta-feira, 28 de março de 2024

Israel está novamente disposto a discutir invasão de Rafah com os EUA

 Reunião sobre o tema havia sido cancelada como protesto por abstenção norte-americana que permitiu aprovar resolução na ONU por cessar-fogo

Netanyahu mantém bombardeios em Gaza, apesar de resolução da ONU 

Israel informou, nesta quarta-feira, que quer reprogramar a viagem de uma delegação a Washington para falar de uma possível ofensiva em Rafah. O encontro havia sido cancelado em protesto por uma resolução de cessar-fogo da ONU.

“O gabinete do primeiro-ministro disse que gostaria de reprogramar a reunião dedicada a Rafah. Agora estamos trabalhando com eles para marcar uma data conveniente”, declarou um funcionário da diplomacia dos Estados Unidos.

Furioso com a abstenção norte-americana durante a votação de uma resolução no Conselho de Segurança da ONU, Israel decidiu, na segunda-feira, não enviar uma delegação a Washington para discutir a ofensiva que pretende realizar em Rafah, uma localidade do sul da Faixa de Gaza.

A resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas exige "cessar-fogo imediato” em Gaza. Os Estados Unidos, principais aliados de Israel, são contrários a qualquer ofensiva terrestre de grande escala contra Rafah, onde mais de um milhão de civis palestinos se refugiaram.

O presidente norte-americano, Joe Biden, pediu pessoalmente ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que envie uma delegação para discutir possíveis alternativas.

A guerra em Gaza começou com um ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, que deixou cerca de 1.160 mortos, a maioria civis, de acordo com um balanço feito pela AFP com base em informações oficiais israelenses. Em resposta, Israel realiza uma ofensiva militar que já deixou pelo menos 32.490 mortos em Gaza, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que controla o território.

AFP e Correio do Povo

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