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sexta-feira, 1 de março de 2024

Eduardo Leite, Zema e Ratinho Jr. são favoráveis a mandato de cinco anos

 Governadores estão reunidos para o 10° encontro do Cosud

Entre os presentes, somente o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, se mostrou contrário à ideia 

Ao menos três, dos sete, governadores que integram ao Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) são favoráveis a um mandato de cinco anos. As opiniões vieram a tona em função da afirmação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), de que está estudando a proposta de mandatos de cinco anos e o fim da reeleição. Os governadores responderam à pergunta em coletiva de empresa após a abertura do 10º encontro do consórcio. "Gosto da ideia dos cinco anos. Quatro é muito pouco, talvez oito seja muito e acho que cinco é o equilibro de tempo do governante poder implantar um projeto de desenvolvimento para sua cidade, estado ou país", defendeu o presidente do consórcio e governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), seguiu a mesma linha do colega, afirmando ainda que o mandato de quatro anos traz dificuldades na administração uma vez que "o país para a cada dois anos", se referindo ao fato de que as eleições gerais e municipais ocorrem alternadamente de dois em dois anos. Segundo ele, a proposta apresentada por Pacheco, com quem o governador se reuniu recentemente, também abordaria isso. "Na minha opinião, o processo fica muito mais bem estruturado, produtivo e acho que nós temos vividos política demais e precisamos executar mais em vez de ficar envolvido com questões eleitorais que tem um custo enorme para sociedade e acaba agravando a questão da polarização", finalizou.

Eduardo Leite (PSDB) corroborou ao comentar os prejuízos de se realizar eleições a cada dois anos e se mostrou favorável ao aumento de mandato e o fim da reeleição, mas elencou outros problemas a serem discutidos em uma possível reforma eleitoral, como a desestimulação a criação de partidos, o fortalecimento das agregações partidárias e o financiamento de campanha, "como a possibilidade financiamento privado que foi muito restringido no Brasil e tem gerado custos enormes ao próprio orçamento". O governador afirmou ainda que o seu partido seria 'parlamentarista' mas para que isso se tornasse efetivo no país seria necessário o fortalecimento dos partidos.

O único presente a ir contra a decisão foi o governador do Espirito Santa, Renato Casagrande (PSB). Segundo o capixaba, ele é a favor da unificação das eleições, mas defende a reeleição. Com uma limitação, contudo, para o parlamento. "Elegeu duas, três vezes a deputado federal? Pode ser candidato de novo, pode ser. Mas para outra função, outro cargo. Estabelecer limites na reeleição é bom", finalizou.

Correio do Povo

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