Informação é do Estado-Maior Conjunto sul-coreano, que não deu detalhes do lançamento
Coreia do Sul diz que Coreia do Norte disparou míssil em direção à costa lesteA Coreia do Norte disparou um míssil em direção à costa leste da Coreia do Sul na manhã desta segunda-feira, 18, no horário local. A informação é do Estado-Maior Conjunto sul-coreano, que não deu detalhes do lançamento. É o primeiro teste de mísseis conhecido da Coreia do Norte desde os lançamentos de mísseis de cruzeiro, em meados de fevereiro. O disparo acontece dias após as forças armadas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul encerrarem exercícios militares anuais, que a Coreia do Norte vê como um ensaio de invasão. O Ministério da Defesa do Japão disse que também detectou um lançamento de míssil e a guarda costeira afirmou que um suposto míssil norte-coreano caiu no oceano.
Nos exercícios militares que terminaram na última quinta-feira, o líder norte-coreano Kim Jong Un conduziu uma série de exercícios de treinamento militar envolvendo tanques, armas de artilharia e paraquedistas. Mas o Norte não realizou quaisquer testes de mísseis durante o treino dos rivais. Os exercícios de 11 dias entre a Coreia do Sul e os EUA envolveram um treinamento em posto de comando simulado por computador e 48 tipos de exercícios de campo, o dobro do realizado em 2023.
As animosidades na Península Coreana continuam altas após a enxurrada de testes de mísseis da Coreia do Norte desde 2022. Muitos deles envolveram artefatos com capacidade nuclear, projetados para atacar a Coreia do Sul e os Estados Unidos. Este ano, o país realizou seis rodadas de testes de mísseis antes do lançamento desta segunda-feira.
Especialistas dizem que a Coreia do Norte provavelmente acredita que um maior arsenal de armas aumentaria sua influência na futura diplomacia com os Estados Unidos e gostaria de obter um amplo alívio das sanções, mantendo ao mesmo tempo as suas armas nucleares. As preocupações com os movimentos militares norte-coreanos aumentaram desde que o líder Kim Jong Un prometeu, em janeiro, reescrever a constituição para eliminar o objetivo de longa data do país de procurar a unificação pacífica da Península Coreana e consolidar a Coreia do Sul como o seu 'principal inimigo invariável'.
Especialistas dizem que a Coreia do Norte poderá lançar provocações limitadas ao longo da sua tensa fronteira com a Coreia do Sul, mas que as perspectivas de um ataque em grande escala por parte do Norte são fracas, frente às forças armadas dos EUA e da Coreia do Sul.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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