Para ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores pedem por anistia como uma 'bandeira' após 'induzirem' os ataques antidemocráticos.
Para ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores pedem por anistia como uma 'bandeira' após 'induzirem' os ataques antidemocráticos.O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse que é contra a anistia dos presos pela invasão às sedes dos Três Poderes em 8 de Janeiro de 2023. Para ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores pedem por anistia, como no ato ocorrido em 25 de janeiro na Avenida Paulista, como uma 'bandeira' após 'induzirem' os ataques antidemocráticos.
Em declaração concedida à GloboNews nesta segunda-feira, 11, o ministro disse que 'muitos imputam ao ex-presidente uma falta de solidariedade. Jogou essa gente na fogueira e foi para Miami'. Por isso, em sua opinião, o pedido de anistia é uma estratégia bolsonarista 'para movimentar o seu establishment político, no sentido de 'vamos ter uma bandeira de anistia' não para os autores intelectuais, mas para aqueles pequenos que foram envolvidos nisso'.
Ressaltando a gravidade das acusações, Mendes defendeu a condenação dos radicais e dos organizadores dos atos golpistas, citando o ex-ministro e vice na chapa de Bolsonaro em 2022 Walter Braga Neto. O ministro ainda revelou que, por mais que as investigações da Polícia Federal (PF) que apuram supostas reuniões para a organização de um golpe de Estado não estejam concluídas, o STF desconfiava que 'algo estava acontecendo' na época. 'Os dois (atos de) 7 de Setembro anteriores foram extremamente graves, agressivos. Ali já se ensaiava', afirmou Mendes.
De acordo com ele, a Corte desconfiava 'de que algo estava a ser gestado' quando defendeu o inquérito das fake news, em 2019: '(Desconfiávamos) de que algo de ruim poderia vir'. Já o ato na Avenida Paulista, o decano do STF considera que foi uma tentativa de manter os aliados do ex-presidente ativos. Segundo o ministro, o advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten o procurou para garantir que os discursos da manifestação teriam um tom pacífico.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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