Investigação intimou 23 pessoas a depor sobre a Tempus Veritatis, nesta quinta-feira
Sede da PF em Brasília interrogou 23 pessoas nesta quinta-feiraO presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres não aderiram ao “pacto de silêncio” que prevaleceu nesta quinta-feira, nos depoimentos do inquérito sobre suposta tentativa de golpe de estado em 2022. Eles decidiram responder aos questionamentos da Polícia Federal (PF).
A PF intimou 23 pessoas para serem ouvidas simultaneamente na investigação, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os depoimentos foram marcados no mesmo dia e horário para prevenir a combinação de versões.
O ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns dos seus aliados decidiram não responder às perguntas. Eles alegam que não tiveram acesso a todas as provas que fundamentaram a Operação Tempus Veritatis. O maior interesse é em torno das conversas de WhatsApp obtidas pela PF. A investigação se debruça sobre a trama golpista que teria sido articulada por aliados próximos do ex-presidente para anular o resultado da eleição e mantê-lo no poder, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.
O advogado Marcelo Bessa, que representa Valdemar, informou que ele respondeu todas as perguntas dos investigadores. “A defesa não fará qualquer comentário sobre as investigações.”
Anderson Torres também buscou demonstrar uma postura colaborativa. O advogado Eumar Novacki, que representa o ex-ministro, confirmou que ele não ficou em silêncio. “Esclareceu todas as dúvidas em relação aos fatos investigados e reafirma sua disposição para cooperar com as investigações.”
Bolsonaro chegou a tentar um salvo-conduto no STF para ser dispensado do depoimento, mas o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido e informou que o ex-presidente era obrigado a se apresentar na sede da Polícia Federal, mesmo que não fosse responder às perguntas.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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