Sul da Faixa de Gaza teve bombardeios intensificados e avisos para retirada de civis
Forças de Israel acirraram bombardeios sobre sul de GazaOs Estados Unidos são contra uma operação militar "de grande escala” de Israel em Rafah sem um plano para retirar os civis que estão na cidade do território palestino que faz fronteira com o Egito. A preocupação foi manifestada nesta segunda-feira pelo porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller. “Sem um plano que seja crível e que (os israelenses) possam executar, não apoiamos uma operação militar em grande escala”, enfatizou.
O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, também protestou sobre as intenções israelenses no sul da Faixa de Gaza, e alertou que quem violar o direito internacional será processado. Khan afirmou que a investigação de seu departamento sobre a guerra em Gaza está sendo “conduzida como um problema de extrema urgência”.
"Estou profundamente preocupado com as informações sobre o bombardeio e uma potencial ofensiva terrestre das forças israelenses em Rafah”, declarou. Em 2021, o TPI abriu uma investigação sobre Israel, o movimento islamista Hamas e outros grupos armados palestinos, por possíveis crimes de guerra nos territórios palestinos. Khan alertou que esta apuração se estenderia agora “à escalada das hostilidades e à violência” desde os ataques de 7 de outubro de 2023. “Todas as guerras têm regras e as leis aplicáveis aos conflitos armados não podem ser interpretadas de uma forma que as deixe vazias ou sem sentido”, afirmou o procurador
Khan salientou que não viu “nenhuma mudança perceptível no comportamento de Israel”, reiterando que seu gabinete está investigando ativamente todos os supostos crimes e responsabilizará os culpados. Khan também pediu a libertação de todos os reféns israelenses detidos pelo Hamas desde 7 de outubro, “um ponto importante nas investigações”.
Criado em 2002, o TPI é o único tribunal independente do mundo fundado para investigar os crimes mais graves, como genocídios, crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Como um tribunal de última instância, só intervém se os países não quiserem ou não puderem investigar por conta própria.
AFP e Correio do Povo
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