Moeda norte-americana teve dia de reajustes no mercado internacional
Dólar teve dia de correção no mercado internacionalO dólar à vista apresentou leve alta na sessão desta quarta-feira, em um ajuste à deterioração dos ativos de risco na terça, quando a inflação ao consumidor nos Estados Unidos acima do esperado promoveu um rearranjo das apostas para o início do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central do país). Previsões de parte de analistas, de que o dólar poderia superar novamente o nível psicológico de R$ 5,00 não se concretizaram.
O alívio nas taxas dos Treasuries e a baixa da moeda norte-americana no exterior, em aparente correção após o estresse de terça, amenizaram as pressões sobre o real. Com início dos negócios às 13h nesta Quarta-feira de Cinzas, o dólar apresentou oscilação de menos de dois centavos de real entre a mínima (R$ 4,9635) e a máxima (R$ 4,9790). No fim do dia, a divisa avançava 0,22%, cotada a R$ 4,9723.
Em fevereiro, o dólar sobe 0,71%, o que leva a valorização acumulada em 2024 para 2,45%. O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, chama a atenção para o fato de que há uma 'preocupação especial' com o chamado 'supercore' da inflação ao consumidor, que contempla a parte de serviços e exclui o setor imobiliário. "O Federal Reserve costuma observar esse indicador, excluindo questões relacionadas a imóveis e preços de casas, que mostrou uma aceleração significativa”, observa Gala, em nota. “Espera-se que esse seja apenas um evento temporário e não algo mais permanente, mas isso empurrou as expectativas de cortes de juros para mais tarde, provavelmente no meio do ano”.
Monitoramento do CME Group mostra que as chances de corte de juros em março, que chegaram a superar 80% no fim de 2023, hoje são praticamente nulas. Além disso, as apostas majoritárias para início do ciclo de cortes se deslocaram de maio, na semana passada, para junho após o CPI de janeiro.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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