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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Demolição do Esqueletão é embargada e empresa começa a adotar medidas para retomar trabalhos

 Processo de demolição do tradicional prédio inacabado no Centro Histórico de Porto Alegre foi embargado Ministério do Trabalho e Emprego

Processo de demolição do Esqueletão está temporariamente suspenso em função de embargo do Ministério do Trabalho e Emprego 

A demolição do icônico edifício Galeria XV de Novembro, popularmente conhecido como Esqueletão, na praça XV de Novembro, em Porto Alegre, foi novamente adiada. Desta vez, a demora ocorre pois a Superintendência de Porto Alegre do Ministério do Trabalho e Emprego embargou a demolição depois de identificar irregularidades nas condições dos trabalhadores.

De acordo com o engenheiro Manoel Jorge Diniz, responsável pelo processo de demolição realizado pela Demolidora FBI, a empresa já está atuando na adoção de medidas adicionais de segurança. “São providências pontuais, que devem ser incorporadas aos protocolos já previstos, e que já estão sendo encaminhadas”, relatou o engenheiro.

Ainda segundo ele, a notificação de que a obra foi embargada pelo ministério foi entregue oficialmente na terça-feira. Diniz conta que a demolição de fato não havia iniciado. Os trabalhos estavam ainda na primeira etapa, que consistia na instalação das medidas preventivas de proteção.

Entretanto, conforme o auditor-fiscal do Trabalho, Luiz Alfredo Scienza, estas medidas não seriam “adicionais”, mas sim itens obrigatórios para a realização do trabalho de demolição, previstas na norma regulamentadora (NR) 18. Scienza conta que o laudo técnico que atestou irregularidades foi feito por engenheiros do ministério em visita à obra de demolição do Esqueletão. Na oportunidade, eles atestaram o risco de queda de pessoas e materiais como motivo principal para o embargo.

Também foram encontrados buracos nos pisos e as caixas de elevadores estavam abertas, o que aumentava o risco de acidentes por parte de trabalhadores ou de visitantes durante os serviços de demolição. “É impossível que nessas condições haja trabalho humano. O risco para as pessoas que estão ali envolvidas é muito grande”, completou o auditor-fiscal.

Conforme a Superintendência Regional do Trabalho, entre as medidas solicitadas pelo laudo estão a instalação de elevador de cremalheira para o transporte vertical de trabalhadores e materiais, além de medidas de proteção coletiva nos locais com risco de queda. Após a empresa realizar as adequações, uma nova auditoria precisa ser agendada para liberar a retomada da obra.



Correio do Povo

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