domingo, 4 de fevereiro de 2024

BNDES aumenta crédito a produtores e cooperativas

 No total, a instituição anunciou incremento de R$ 4 bilhões para agricultores e pecuaristas e de R$ 2 bilhões para os cooperados



O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou ontem, em sua sede, no Rio de Janeiro, um conjunto de medidas que ampliam o alcance e melhoram as condições de crédito para os setores de agricultura e pecuária. Conforme a Agência Estado (AE), a instituição vai aumentar em R$ 4 bilhões a linha com taxa fixa baseada na cotação do dólar para crédito rural, e em R$ 2 bilhões para crédito das cooperativas.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que as medidas divulgadas reforçam o compromisso do banco de promover a inclusão financeira dos produtores e oferecer melhores condições de financiamento para o segmento agro.

Mercadante disse em nota que seguiu as orientações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a implantação das novas medidas. "Essas iniciativas reforçam o apoio via cooperativas de crédito e ampliam recursos para a linha BNDES Crédito Rural com taxa fixa em dólar, estimulando a realização de investimentos e a competitividade no setor, especialmente junto aos pequenos empresários e produtores rurais".

Além de aumentar o orçamento para o atendimento das cooperativas, o Procapcred teve sua vigência estendida até 2025. O banco também alterou os limite de tomada de recursos, de R$ 30 mil para até R$ 100 mil por cliente, a cada dois anos, além de redução de taxas e alongamento de prazos, com foco especialmente em cooperados das Regiões Norte e Nordeste.

Nas operações com clientes dessas regiões, a remuneração básica do BNDES foi reduzida de 1,1% ao ano para 0,8% ao ano, e o prazo máximo do financiamento passou a ser de até 15 anos. Para as demais regiões, o prazo limite foi estendido de 10 para 12 anos. A carência do programa, de até dois anos, permanece a mesma para todos os financiamentos.

Ainda conforme a AE, as medidas do BNDES não contemplaram uma nova linha de crédito em dólar para utilização em capital de giro. A expectativa era de que a linha estivesse incluída no pacote de anúncios de ontem, com orçamento de 1,5 bilhão de dólares, inicialmente, e taxa de juros de 8,5% ao ano. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, esclareceu que o governo está construindo uma nova linha de crédito em dólar para custeio, mas não deu detalhes e nem prazo para que a possibilidade seja liberada ao setor.

Nesta semana, o BNDES concretizou a primeira emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) desde 2016. Foram captados R$ 808 milhões, por meio de oferta privada no mercado doméstico. Segundo o banco, a operação teve demanda quatro vezes maior que o valor ofertado.

Correio do Povo

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